No intuito de não prorrogar o auxílio emergencial, a equipe de Economia vem pressionando o governo para acelerar a reformulação do programa Bolsa Família. O plano que está sendo alinhado com o Ministério da Cidadania prevê duas etapas a serem executadas. No primeiro momento, o governo deve apresentar uma Medida Provisória com uma mudança mais sutil no programa, como ampliação do público-alvo, elevação dos valores dos benefícios e criação de bônus para desempenhos esportivo e escolar.
A segunda fase demandaria alterações mais profundas, como uma mudança estrutural ampla, com fusão de programas sociais que já existem. Esta proposta foi formulada por Paulo Guedes, ministro da Economia, que ainda estabelece um direcionamento de recursos de companhias para financiarem ações na área social. A equipe de ministros pretende evitar o que ocorreu no ano passado, quando as tratativas para a criação de um novo programa social mais robusto falharam, sequenciando mais uma rodada de pagamento do auxílio emergencial.
Os parlamentares já sinalizaram ao presidente Jair Bolsonaro que têm a intenção de renovar o auxílio, caso o reforço para o Bolsa Família não seja implementado. Além do Bolsa Família, o Ministério da Cidadania tem trabalhado para fortalecer o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), que segundo o Folha, deve ser renomeado. O objetivo é comprar mais de produtores familiares inscritos no Cadastro Único (base de dados de programas sociais) e repassá-los para a população de baixa renda. A verba do programa subiu de R$ 180 milhões em 2020, para R$ 330 milhões neste ano.
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