Um relatório sigiloso do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), obtido pelo jornal O Globo, apontou que o escritório de advocacia do ministro do Meio-Ambiente, Ricardo Salles, realizou uma operação suspeita de R$ 1,8 milhão logo após ele ter assumido a pasta federal. De acordo com o relatório, uma operação que teria “destoando do perfil histórico de operações” do escritório chamou a atenção do órgão “pelo volume expressivo movimentado” e pela “movimentação de recursos incompatível com o patrimônio”, já que o escritório tem um faturamento anual médio de R$ 350 mil.
Procurada, a defesa de Salles nega que haja irregularidades e diz que os clientes do escritório do ministro não têm relação com suas atividades políticas. Na última semana, Salles foi um dos alvos da Operação Akuanduba da Polícia Federal. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra o ministro que teve ainda os sigilos fiscal e bancário quebrados com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Salles é investigado por crimes de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de esquema de exportação ilegal de madeira para os Estados Unidos e a Europa.
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