Os 24 campi da Uneb estão com as atividades acadêmicas paralisadas nesta quarta-feira (19). O protesto de 24h é contra o Projeto de Lei (PL) 5595/20 que, se aprovado, obrigará o retorno imediato das aulas presenciais em escolas e universidades públicas e particulares. A decisão foi deliberada em assembleia docente realizada na última quinta-feira (13). A paralisação acontecerá em várias universidades públicas em todo o país.
A assembleia da Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb) também aprovou atividades de mobilização, nas cidades em que estão localizados os campi da universidade, para dialogar com a sociedade. Entre as ações previstas estão a utilização de carros de som, fixação de faixas, spots e entrevistas em rádios e a ocupação das redes sociais com publicações e compartilhamento de peças gráficas.
O PL 5595/20 foi aprovado na Câmara dos Deputados em regime de urgência, em 20 de abril, e agora tramita no Senado. O projeto torna a educação básica e a superior serviços essenciais, ou seja, que não podem ser interrompidos durante a pandemia. O texto proíbe também o amplo direito de greve, garantido pela Constituição Federal, a professores e demais profissionais da educação.
A coordenadora da Aduneb, Nillza Martins, reafirma a preocupação da categoria. “Atravessamos o pior momento da pandemia. A tragédia tem quase 440 mil mortes e a vacina chega a conta-gotas. Diante desse cenário, um PL genocida que tem como objetivo atender aos interesses econômicos dos empresários da educação privada, quer colocar em risco todas as comunidades acadêmicas do país, nossos familiares e, consequentemente, toda a sociedade. Retorno presencial, nesse momento, significará aumento da taxa de contágio, mais mortes, lotação das U.T.I.s e caos generalizado”, afirmou a docente.
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