Líder da oposição na Câmara de Salvador, vereadora Marta Rodrigues (PT), ressaltou que a taxa de ocupação de leitos de UTI em Salvador tem aumentado de forma preocupante, passando de 75%, no dia 15 de maio, para 83%, conforme o último boletim da SESAB, atualizado na tarde desta terça-feira (18). “Um crescimento que se formos considerar a taxa de oscilação chega a 11% em três dias”, destaca.
Para a vereadora, a alta na taxa de ocupação de leitos e no número de casos tanto na capital baiana, como no Estado, indicam a urgente necessidade de se rever a flexibilização do isolamento social, como a retomada econômica da fase amarela e o decreto municipal 33811/2021 que obriga o retorno das aulas presenciais.
“Infelizmente, é uma realidade. O prefeito está sendo incoerente ao afirmar à imprensa que estamos correndo risco de terceira onda, expressar preocupação com número de pessoas na fila da regulação, e, na mesma entrevista, obrigar os trabalhadores de educação a retomarem atividades presenciais. Soa muito desrespeitoso com a categoria e com toda os envolvidos no processo educacional”, afirma.
Ainda conforme a líder da oposição, é importante destacar que a capital baiana, levando em consideração a população estimada pelo IBGE, só tem 11% da sua população total de imunizados e 23% de vacinados com a primeira dose, até esta terça (18), conforme aponta o “Vacinômetro”, que mostra os indicadores de imunização da Covid19.
“Apesar dos esforços em conjunto das secretarias de saúde municipal e estadual, a vacinação caminha a passos lentos por conta da irresponsabilidade e ingerência do governo federal no enfrentamento da pandemia e na aquisição de vacinas. A prefeitura não pode fingir uma falsa segurança para a população. A prefeitura vai esperar chegar um colapso para rever as medidas?”, questiona.
A vereadora lembra, ainda, que há vários problemas a serem resolvidos na capital para evitar a transmissão do vírus. “O transporte público, volto a ressaltar, é um desses graves problemas na capital. Com escolas abertas e reabertura de fase amarela, os ônibus, que já circulam cheios, vão se tornar vetores de transmissão ainda mais perigosos ”, lembra.
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