O governador Rui Costa (PT) lamentou nesta segunda-feira (17) as cenas de aglomerações registradas no fim de semana em festas e eventos clandestinos na capital e no interior do estado em meio à pandemia de Covid-19. Diante do cenário de crescimento de casos ativos da doença, sobretudo no oeste baiano, o governador prevê o aumento de mortes decorrentes do coronavírus. “Eu fico chocado com a insensibilidade de algumas pessoas que, mesmo com mais de 430 mil mortos no Brasil, mesmo com essa tragédia que nós estamos vivendo, fazem festas, aglomeração com 800 pessoas, com 300 pessoas aqui, na Boa Viagem, e em outros pontos do estado. É muito triste isso, ver jovens que deveriam estar dando exemplo de consciência e de comportamento que estão contribuindo [com desrespeito às medidas sanitárias]”, disse o governador durante a entrega de contenção de encosta no bairro de Boa Vista do Lobato.
“Quando a gente olha os números e se pergunta por quê que não estamos conseguindo derrubar de 15 mil contaminados. A gente vê essas matérias na televisão e entende o porquê. Porque o vírus continua se reproduzindo nessas festas clandestinas, em bares às vezes com a porta fechada. Infelizmente, mais pessoas vão morrer enquanto houver esse tipo de comportamento”, acrescentou. Segundo Rui Costa, embora a situação do oeste seja “crítica”, outros municípios também preocupam. Para ele, somente a restrição de atividades poderá reduzir as contaminações. “Nós decretamos dez dias, por unanimidade, com todos os prefeitos, o fechamento de toda a atividade não essencial no comércio. Está aberto apenas o que é essencial. Hoje à tarde nós vamos fazer uma reunião com a região norte de Paulo Afonso, que também está em uma situação crítica. Hoje vou ver aquela região do centro-norte, que inclui ali a região também de Monte Santo. Eu acho que a prefeita está correta. Aumentou o número d casos, tem que restringir o acesso. Não tem jeito. A humanidade, a ciência e o mundo inteiro já comprovaram que só há duas ferramentas de reduzir o coronavírus. A primeira, e mais eficaz, é a vacina. A segunda, enquanto não tem vacina pra todo mundo, é garantir o distanciamento social”, disse.
(Foto: Matheus Morais/bahia.ba)