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GÁS LIQUEFEITO É A APOSTA PARA LEVAR COMBUSTÍVEL BARATO

Redação - 17/05/2021 07:23

Na atualidade uma das maiores preocupações dos baianos é o marcador da bomba de combustível. A variação quase que semanal dos preços não interfere somente na vida de quem tem veículo próprio, mas também no valor do transporte público e até mesmo a conta do supermercado no final do mês. Em busca pela diversificação das fontes que tornem o produto mais barato, a Bahia já deu a largada para que em um futuro próximo possa garantir que o gás natural esteja ao alcance de todos, através da ampliação da produção e fornecimento de GNL (gás natural liquefeito) em todo o estado.

Para quem não sabe o modelo liquefeito nada mais é do que o gás natural que depois de ser filtrado e condensado, é resfriado a uma temperatura de -163ºC. Todo esse processo consegue facilitar o armazenamento e transporte do combustível, é o que informa o presidente da Petrobahia, Thiago Andrade: “Com a chegada do GNL solucionamos um problema logístico que não permitia que muitas regiões do estado tivessem acesso ao gás natural, já que o transporte depende da instalação de dutos, e esse sistema demanda um investimento muito alto”.

Segundo Thiago, o formato liquefeito possibilita o transporte do combustível por navios e caminhões como hoje é feito com outras fontes – a exemplo da gasolina, etanol e óleo diesel -, porém com uma considerável vantagem no custo do produto, qualidade e responsabilidade ambiental, já que o gás natural polui muito menos do que os seus concorrentes. “O cenário do gás natural automotivo mudou bastante nos últimos anos. As conversões de 5ª geração não reduzem a potência dos veículos e nem aumentam o desgaste das peças, como ocorriam nas primeiras gerações de convertedoras de gás”, aponta.

Na Europa, um dos principais mercados consumidores do gás natural, o transporte viário de cargas já conta com ampla alimentação desta fonte de combustível, já que é comum ver caminhões equipados para esta modalidade. O secretário estadual de infraestrutura, Marcus Cavalcanti afirma que no Brasil o cenário de possibilidades começa a mudar com expansão das bases de GNL.

“Com o gás liquefeito poderemos formar os chamados corredores azuis, que são rodovias com postos para gás que permitirão ao caminhoneiros que transportam cargas pelo Brasil a abastecerem seus veículos”, destaca. “Assim teremos um combustível mais barato e que dará muito mais autonomia aos automóveis. Isso certamente refletirá no preço das mercadorias pagas pelo consumidor” – Marcus Cavalcanti, secretário de infraestrutura do Estado da Bahia

Para entender a equação, o caminhão que antes tinha uma autonomia de 700km, rodando com diesel, passa a percorre até 1200km utilizando o gás natural. Além disso, Thiago Andrade afirma que o GNL tem sido visto como uma excelente solução para a indústria, já que fora o custo benefício, o combustível substitui meios mais poluentes, alinhando a produção às demandas sustentáveis do mercado internacional.

Foto: divulgação

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