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BOLSONARO DEFENDE PAZUELLO E DIZ QUE ELE “ACERTOU EM TUDO”

Redação - 14/05/2021 07:25 - Atualizado 14/05/2021

Apesar de o gerente-geral da farmacêutica Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, ter confirmado à CPI da Covid que o governo brasileiro não respondeu às propostas de venda de vacinas, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que o depoimento do executivo esclareceu que o Brasil atuou de forma correta nas negociações e que o ex-ministro Eduardo Pazuello ‘acertou em tudo que fez ano passado’. Segundo Bolsonaro, teria acabado a “conversa mole”, referência a acusação de que o governo federal teria se omitido na compra de vacinas.

No final da tarde desta sexta-feira, a Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com um pedido de habeas corpus em favor do ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello,  no Supremo Tribunal Federal. O recurso pede para que o militar possa ficar em silêncio durante seu depoimento na CPI da Covid, marcado para o dia 19. — Se eu compro (em 2020) e não é aplicado, faz o que depois? Vai jogar fora? O Pazuello acertou em tudo o que fez no ano passado. Obrigado, Renan Calheiros — afirmou o presidente durante a live que transmite semanalmente em suas redes sociais.

Bolsonaro voltou a criticar a realização da CPI e, principalmente, o relator da comissão. Segundo o presidente, o depoimento de Murillo teria esclarecido que o governo federal comprou as vacinas assim que possível. — É uma CPI que está ajudando politicamente, mas eu não quero ajuda política. Hoje foi esclarecida a situação da Pfizer. O contrato depois de 10 de junho segundo o tuite do Rodrigo Pacheco só após a lei de iniciativa dele, 10 de março, pudemos fazer o contrato com a Pfizer comprando mais vacina do que se tivéssemos comprado ano passado — afirmou Bolsonaro.

Se o Brasil tivesse negociado com a Pfizer a aquisição de vacinas em agosto de 2020, o país poderia ter recebido 4,5 milhões de doses a mais de vacinas contra a Covid-19. A melhor oferta feita pela empresa na época previa 1,5 milhão de doses já em 2020 e outras 3 milhões no primeiro trimestre de 2021. As informações foram prestadas por Carlos Murillo, ex-presidente da empresa no Brasil e atual gerente geral na América Latina, na CPI da Covid.

Foto: divulgação

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