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‘PRÉVIA’ DO PIB DO BANCO CENTRAL INDICA ALTA DE 2,3% NO 1º TRIMESTRE DE 2021

Redação - 13/05/2021 14:41

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, considerado uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), teve alta de 2,30% entre janeiro e março deste ano, em comparação aos três últimos meses do ano passado. O número foi divulgado nesta quinta-feira (13) e calculado após ajuste sazonal, uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes. No último trimestre do ano passado, o aumento foi de 3,17%. Quando a comparação é feita com o resultado do primeiro trimestre de 2020, o IBC-Br indica uma alta de 2,27% (sem ajuste sazonal).

Em 2021, a economia brasileira iniciou o ano em expansão, mas com desaceleração no ritmo de crescimento da atividade econômica no primeiro trimestre. O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O IBC-BR do Banco Central é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os números oficiais do PIB do primeiro trimestre serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) somente em 1º de junho.

Em 2020, por conta da pandemia do coronavírus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil tombou 4,1%, registrando a maior contração desde o início da série histórica atual do IBGE, iniciada em 1996. Os economistas das instituições financeiras projetaram, na semana passada, uma alta de 3,21% para o resultado do PIB e 2021; Em março, o governo brasileiro manteve a expectativa de crescimento do PIB em 3,2% em 2020. Para o Banco Central, a economia crescerá 3,6% neste ano.

Queda em março

Apesar da alta do PIB nos três primeiros meses deste ano, o resultado de março foi negativo. Segundo o Banco Central, o nível de atividade, medido pelo IBC-Br, registrou queda de 1,59% no mês retrasado. Com isso, foi interrompida uma sequência de dez meses de crescimento – registrada entre maio do ano passado e fevereiro de 2021.

Na comparação com março de 2020, o IBC-Br registrou uma expansão de 6,26%, segundo o Banco Central. No acumulado dos 12 meses até março de 2021, porém, houve queda de 3,37% – sem ajuste sazonal. Com a queda registrado em fevereiro, o IBC-Br atingiu 140,16 pontos. Mesmo assim, permaneceu acima do patamar registrado antes da pandemia (139,96 pontos em fevereiro de 2020).

Pandemia

O resultado do nível de atividade acontece em meio à pandemia do novo coronavírus, que começou a atingir a economia de forma mais intensa em março do ano passado. A partir de maio de 2020, os indicadores começaram a mostram uma retomada da produção e das vendas, e os números oficiais confirmaram a saída do cenário recessivo.

Para tentar evitar um impacto maior da pandemia do PIB e auxiliar os desassistidos, o governo Bolsonaro anunciou, no ano passado, uma série de medidas – com impacto de R$ 524 bilhões nos gastos públicos. De fevereiro deste 2021 em diante, porém, a economia tem sido atingida pela segunda onda do coronavírus, que gerou um maior nível de distanciamento social por conta do aumento de contaminações e de mortes.

PIB X IBC-Br

Os resultados do IBC-Br são considerados uma “prévia do PIB”. Porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto. O cálculo dos dois é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Com a alta recente da inflação, o Banco Central promoveu, em março, o primeiro aumento da taxa básica de juros em quase seis anos, de 2% para 2,75% ao ano.

Na semana passada, o BC elevou novamente a taxa básica, que avançou para 3,5% ao ano, e indicou que a taxa deve subir para 4,25% ao ano em meados de junho. Os analistas das instituições financeiras estimam que a taxa subirá mais nos próximos meses, atingindo 5,5% no fim de 2021, e 6,25% no fim de 2022.

Foto: divulgação

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