A partir deste sábado (15), a Estação Pirajá vai mudar sua rotina de operações de embarque, passando a funcionar com apenas uma plataforma, devido às obras do tramo 3 do metrô de Salvador que vai integrar o trecho que está sendo construído ao sistema já em funcionamento. Apesar da mudança em Pirajá, o horário e o intervalo dos trens continuará o mesmo. As demais estações não sofrerão alterações na forma de operação.
Quem explica o andamento da obra é o presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB), Eduardo Copello. “Nesses próximos dias já estaremos fazendo as obras de integração do metrô, atualmente em operação, na região de Pirajá, com essas novas obras. E já estaremos preparando também as travessias sobre a BR-324, que serão duas, uma em Pirajá e outra próxima à região de Águas Claras, para que chegue o metrô na estação Águas Claras – Cajazeiras”.
Copello informa que, ao acrescentar mais cinco quilômetros, amplia-se o atendimento para diversas regiões muito populosas de Salvador, como Águas Claras, Cajazeiras, o norte de Pirajá. “As novas estações, Campinas e Águas Claras, contarão com terminais de ônibus integrados, melhorando bastante a possibilidade de integração com o sistema urbano e metropolitano de ônibus. Também será integrada à futura estação rodoviária, que será o novo portal de entrada da cidade, na confluência da nova Avenida 29 de Março com a estrada da Base Naval, melhorando assim cada vez mais a mobilidade na nossa capital e na Região Metropolitana de Salvador”.
Ainda segundo Copello, com o novo trecho, o número de usuários vai aumentar também. “A capacidade do metrô é bastante alta, é um modal de alta capacidade de transporte. Com o tramo três acrescentam-se mais duas estações e mais cinco quilômetros, perfazendo um total de 38 quilômetros de metrô e 22 estações ao total, podendo carregar mais de 800 mil passageiros por dia”.
Estratégia
O coordenador de Tráfego da CCR Metrô Bahia, Rodrigo Oliveira, destacou que a estratégia para a mudança na operação da Estação Pirajá foi estudada para não causar transtornos. “Os trens vão funcionar na Plataforma 1, tanto para embarque quanto para desembarque, porque nós temos que fazer as obras de continuidade da via permanente e instalar todo o sistema de eletrificação, sinalização e controle de trens”. Ele diz que os usuários serão bem orientados. “Utilizaremos equipamentos para ordenar o fluxo, sem o conflito de embarque e desembarque. Investiremos em sinalização visual e sonora e agentes de atendimento. Vai ser uma operação fortemente assistida para minimizar o impacto durante esse período de obras”.
Rodrigo Oliveira também afirma que será mantido o que a empresa chama de “headway” nos horários de pico, que é o intervalo entre trens, de dois minutos e 41 segundos. “Teremos trens reservas já posicionados e a gente vai monitorar essa demanda a todo instante. Necessitando da colocação de mais trens em operação, o faremos, até para manter o distanciamento social, e não deixar essa taxa de ocupação crescer”.
O aposentado Walter da Silva Conceição fala dos benefícios do metrô para a sua rotina. “Melhorou muito, porque era muito engarrafamento e agora eu moro no Santo Inácio, então eu desço, pego o metrô em Pirajá, vou para onde eu quero ir. Ou para a Barra ou para Brotas, sempre que eu tenho médico marcado. Agora mesmo eu estou indo para a rodoviária, então fica tudo mais fácil para a gente”. Ele afirma que o metrô é mais rápido, melhor, tranquilo e mais seguro. “Eu nunca ouvi dizer que teve assalto nem nada. Só aí é uma segurança, a gente fica muito melhor, se sente melhor”.
Foto: Fernando Vivas/GOVBA