Em abril, durante um evento com estudantes brasileiros das universidades de Harvard e MIT, Jorge Paulo Lemann, sócio fundador da 3G Capital, afirmou que a AB Inbev – controladora da Ambev – havia deixado um pouco de lado sua visão inovadora e relação com o consumidor, o que poderia ser prejudicial para sua estratégia de recuperação. Mas parece que a cervejaria correu atrás e ainda no primeiro trimestre do ano reportou resultados extravagantes.
Na comparação com 2020, o lucro líquido da Ambev cresceu 124,9%, para R$ 2,76 bilhões; o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve alta de 23,8%, totalizando R$ 5,33 bilhões; já a receita líquida subiu 27,8%, atingindo R$ 12,64 bilhões. Após um ano sofrendo com a pandemia de covid-19 e lidando com as medidas de restrição que dificultaram a comercialização e o consumo de bebidas, a empresa parece ter encontrado o diferencial que procurava.
Essa visão é compartilhada pelo criador de conteúdo João Marinho (@ojoao.marinho). Ele nos conta em suas redes sociais que, ao desenvolver uma relação mais forte e sustentável com seus clientes, a cervejaria entendeu o que deveria fazer para assegurar sua posição no mercado. Durante o último ano a empresa expandiu sua atuação nas plataformas digitais, como o Zé Delivery para o consumidor e a BEES para o varejista – 65% da sua base de clientes já utiliza o serviço – e atingiu 14 milhões de vendas online no primeiro trimestre de 2021. Além de lançar novos sabores e variedades: bebidas dietéticas, low-carb, sem glúten, coloridas, entre outras.
A estratégia da Ambev lhe garantiu uma maior participação de mercado e suas ações responderam com um forte resultado, chegando a disparar 9,62% na última quinta-feira (6). Com a recuperação gradual da economia e progressão da vacinação, a expectativa é poder voltar para níveis anteriores à pandemia.
Foto: divulgação
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