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PROJETO QUE CRIA “BANCO” EM SALVADOR DEVE SER VOTADO NESTA SEMANA, DIZ BRUNO

Redação - 27/04/2021 09:10

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), disse ontem que a Câmara Municipal deve votar nesta semana o projeto do Executivo que cria uma espécie de “banco” na capital baiana. De acordo com o democrata, a proposta libera até R$ 10 milhões para trabalhadores da informalidade. “Nós estamos colocando R$ 10 milhões para emprestar a vocês (trabalhadores) de R$ 500 a R$ 25 mil com carência, com praticamente juros zero, para comprar mais mercadorias, para que possa investir no negócio e consequentemente incrementar a renda. Pela primeira vez, na história de Salvador, nós vamos ter um banco, esse fundo na prática é um banco, que vai emprestar dinheiro para o camelô, o ambulante, o feirante, o vendedor do acarajé, de água de coco, para quem trabalha na informalidade”, explicou, durante entrevista coletiva

O prefeito soteropolitano afirmou ainda que 53% da mão-de-obra de Salvador está no mercado informal, e disse que a proposta tem a intenção de promover a retomada da economia na capital baiana. “Nessa semana, com fé em Deus, a Câmara vai aprovar e logo no mês de maio, vamos disponibilizar esse crédito para ajudar na retomada das atividades econômicas, na retomada da economia da nossa cidade, todos nós estamos sofrendo com essa pandemia. Mas graças ao trabalho que estamos fazendo, temos orgulho de dizer que Salvador é uma das principais cidades do Brasil em vacinação”, pontuou.

Em entrevista à Tribuna no início deste mês, a secretária da Fazenda de Salvador, Giovanna Victer, afirmou que, só, neste ano, foram R$ 224 milhões gastos no combate à pandemia. Ao todo, mais de R$ 800 milhões até agora. Disse ainda que retomada econômica não ocorrerá somente com a abertura do comércio. “Existe uma necessidade de se vacinar a população. Conforme encontra o ambiente com a proporção maior da população vacinada, maior proporção de abertura da economia. É importante dizer que a abertura da economia não necessariamente vai provocar o crescimento econômico que o país precisa. O crescimento econômico depende de investimento público, do grau de endividamento das empresas e das famílias, da disposição do consumidor a consumir. Depende de uma série de fatores que está além da abertura econômica. Nós temos aí uma perspectiva do Banco Mundial de crescimento de 3% ainda em 2021. Acho uma perspectiva otimista. O Banco Mundial fez essa avaliação, mas acho otimista demais. Mas a gente sabe que existem outros fatores. Não é só a circulação de pessoas que vai ocasionar, provocar esse crescimento econômico”, ponderou.(TB)

Foto: Betto Jr. / Secom

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