Os papéis, mais líquidos, da Taurus Armas (TASA4) foram destaque de alta mínima do Ibovespa durante a pandemia do coronavírus, em 23 de março de 2020, quando o índice da bolsa chegou a 63 mil pontos, em cerca de três meses depois os ganhos foram de quase 800%. Segundo o InfoMoney, Taurus já teve momentos ruins na bolsa, chegando a cair 80% em 2014. Porém, depois da disparada de mais de 500% no ano passado, analistas direcionam a atenção para a fabricante de armas.
Ainda de acordo com o veículo, previamente poderia se relacionar a alta da empresa com as polêmicas em torno do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para flexibilização de armas, mas a companhia passou por um momento de reestruturação nos últimos anos que também impactou nos papéis. Depois de chegar a ter um múltiplo dívida líquida dividido pelo Ebitda superior a 15 vezes, a companhia reduziu seu endividamento no ano passado para 1,7 vez.
Em entrevista ao InfoMoney, o presidente da Taurus, Salesio Nuhs, declarou que o “turnaround” seria praticamente um eufemismo diante de uma reestruturação tão forte. Para Nuhs, que assumiu a empresa em 2018, o correto seria chamar o desempenho da empresa de “revolução”. O analista da Nord Research, Bruce Barbosa, alega que a afirmação do presidente da Taurus não é exagerada e explica: “A empresa dava Ebitda de R$ 10 milhões quando não era negativo e agora entrega R$ 150 milhões por trimestre. A companhia se reestruturou completamente. Os produtos eram famosos por atirar sozinhos e agora o consumidor americano gosta das armas porque elas são confiáveis e saem a um tíquete mais baixo”.
Foto: divulgação
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