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USUPORT PEDE MAIS INCENTIVOS A EMPRESAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA NO ESTADO

Redação - 23/04/2021 07:40

Em live realizada ontem com o jornalista Donaldson Gomes do Jornal Correio da Bahia, o diretor-executivo da Associação dos Usuários de Portos da Bahia (Usuport) Paulo Villa afirmou que para a economia do estado distribuir melhor as riquezas é preciso se incentivas as empresas a gerarem novos empregos

“Houve um crescimento na oferta de portos, rodovias e uma melhora também em ferrovias, mas o Brasil ainda é muito pobre em infraestrutura de transporte de cargas, tem um longo caminho para melhorar”, avalia. Para ele, isso é fruto de um descaso em relação ao assunto nas últimas três décadas, principalmente. “Este é um processo que aconteceu em todo o Brasil, mas eu diria tristemente que a Bahia ficou mais de lado ainda. Ficou esquecida, estagnada nesta área”, ressalta.

Tanto a recepção de insumos quando o escoamento de produção fazem parte das atividades empresariais. “Toda empresa, independente do setor, foca muito no seu core business (atividade principal) e o Brasil tem as melhores práticas neste sentido. O Brasil tem ótimas práticas industriais, tem sido competitivo na agricultura, no comércio é muito bom, mas os problemas se dão do portão da empresa para fora”, exemplifica.

“Quem produz aqui se depara com portos ineficientes, com operações caras, problemas regulatórios muitas vezes graves, estradas congestionadas. Uma via acima da sua capacidade provoca um maior número de acidentes, seguros são mais altos e isso traz uma série de limitações”, pondera.

Para o diretor da Usuport, a qualidade do transporte ferroviário no Brasil hoje é elevada quando se tratam de grandes cargas, como minério e grãos. Entretanto ainda tem um longo caminho para evoluir quando se tratam das cargas gerais, basicamente o transporte ferroviário em contêineres, o processo ainda é muito incipiente, acredita. “Tem muita coisa para ser feita e a logística é o que acaba por dar competitividade às empresas”, destaca.

Paulo Villa cita como exemplo a produção de frutas no Vale do São Francisco. Segundo ele, em muitos casos, o lucro do produtor rural fica na logística. “Existem muitas situações em que o ganho do produtor fica numa das etapas do transporte e no final das contas ele acaba trocando dinheiro”, diz.

Ele cita um relatório do Fórum Econômico Mundial que coloca o país em uma posição sofrível em relação à infraestrutura de transportes. “O único modal em que nos damos relativamente bem é o aéreo”, diz. Para ele, o outro lado da questão é que todas essas deficiências indicam, por outro lado, muitas oportunidades de negócios, “há muito para fazer”.

Foto: divulgação

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