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BAIANA VENCE PROCESSO CONTRA POLÍTICO DE EXTREMA DIREITA

Redação - 23/04/2021 15:02 - Atualizado 23/04/2021

Em julho do ano passado, a cantora baiana Aila Menezes postou um trecho de um de seus shows no TikTok. As imagens rapidamente viralizaram e hoje já somam quase 9 milhões de visualizações. No entanto, o que era para ser sucesso transformou-se em pesadelo.

Não bastassem os ataques gordofóbicos e racistas recebidos nos comentários, alguns políticos e partidos de extrema direita pegaram as imagens e subverteram-as em propagandas políticas. A cantora de pagode processou 8 desses agressores e o resultado da primeira ação foi divulgado nesta semana: vitória de Aila.

Um ex-candidato nas eleições de 2020, cujo nome não pôde ser revelado pois o processo corre em segredo de Justiça, terá que pagar uma indenização, além de gravar um vídeo de retratação.

Na ação, Aila o acusava de diversos crimes como racismo, machismo, gordofobia, intolerância religiosa, difamação, ameaça e uso indevido de imagem. O juiz deu ganho de causa em todas as acusações. Já o condenado admitiu que adulterou as imagens para obter ganho político em cima delas.

“Quando os meus advogados, Ives Bittencourt e Janaína Abreu, me ligaram para avisar que eu ganhei, explodi de felicidade. Estava vivendo há um ano calada, em depressão, sem acreditar na Justiça. Foi um processo muito emocionante, e, felizmente, o direito humano venceu”, comemora a baiana, que mora em Salvador.

No vídeo original postado, a cantora aparece dançando a música “Abaixa que é tiro”, de Parangolé. O fato dela usar roupas curtas na apresentação, deixando as nádegas expostas, foi usado pelos agressores para atacá-la.

foto: Divulgação

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