Tempest Storm, a ruiva conhecida como ícone da arte burlesca que estrelou nos primeiros filmes de Russ Meyer, morreu aos 93 anos. Storm faleceu em seu apartamento em Las Vegas na terça-feira, segundo informações do Las Vegas Review-Journal, e vinha lutando contra a demência nos últimos meses. Ela também havia feito uma cirurgia no quadril em 8 de abril e estava sob cuidados 24 horas por dia até sua morte.
“Tempest foi facilmente uma das mais conhecidas e conceituadas [artistas] burlescas de todos os tempos, e foi uma parte ativa da comunidade burlesca até o fim”, disse o diretor executivo do Burlesque Hall of Fame, Dustin Wax, ao Review-Journal. “Ela fará muita falta na comunidade burlesca e muito além dela”. “Ela foi a última das grandes lendas da era de ouro do burlesco”, acrescentou seu amigo e parceiro de negócios Harvey Robbins. “Ela era talvez a maior de todas.”
Nascida Annie Blanche Banks em 1928, Storm se mudou para Hollywood aos 15 anos para seguir carreira artística. Trabalhando como garçonete, uma cliente sugeriu que ela ganhasse dinheiro fazendo strip-tease. Ela fez um teste no Follies Theatre em 1951 e teve que escolher um nome artístico – Sunny Day ou Tempest Storm. “Bem, eu disse, acho que pode muito bem ser Tempest Storm”, contou ela, certa vez.
Em 1956, Storm era a artista mais bem paga de todos os tempos, com um contrato de 10 anos a US$ 100.000 na produtora burlesca Bryan-Engels. Ela finalmente assumiu o mundo do cinema, marcando um papel ao lado de Bettie Page no filme de Irving Klaw de 1955, “Teaserama”. Storm também disse que namorou Elvis Presley e o ex-presidente John F. Kennedy.
“Elvis the Pelvis”, disse ela ao noticiário local WQAD8 em 2013. “Era 1956. Eu estava aparecendo no The Dunes Hotel em Las Vegas, que agora é o Bellagio. Fizemos uma peça burlesca e ele veio ver o show. Ele veio e se sentou – ele tinha os olhos mais bonitos – e nós começamos um relacionamento e foi absolutamente fantástico. Ele era um verdadeiro cavalheiro sulista. Muito educado”.
Quanto a JFK, sua aventura começou antes de ele se tornar presidente. “Eu o conheci em 1957, quando ele era senador”, disse ela. “Foi um ótimo relacionamento. Ele era um grande homem na política e tudo mais. Eu não o via há anos, e a última vez que o vi, disse: ‘Você vai ser presidente’, e ele disse: ‘Espero que você esteja certa!’”. Storm estrelou o documentário “’Tempest Storm’, de 2016, que faz um panorama de toda a sua carreira, além de abordar o afastamento de sua filha Patricia, que ela teve com Herb Jeffries, um cantor da Orquestra Duke Ellington.
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