O Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Trabalho de Enfrentamento ao Coronavírus (GT Coronavírus), emitiu uma Nota Técnica para os promotores de Justiça com orientações para evitar o abandono vacinal da campanha de imunização na Bahia. No documento, o GT pede que os promotores de Justiça que atuam na área da saúde solicitem aos gestores municipais que intensifiquem campanhas educativas e informativas à população sobre a necessidade de atenção para o período de recebimento da segunda dose da vacina contra a Covid-19. “As vacinas disponíveis para a campanha de imunização no Brasil atualmente – CoronaVac, do Instituto Butantan com a Sinovac, e a vacina da Oxford, AstraZeneca e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em razão de sua constituição, devem ser aplicados no esquema de duas doses para atingirem o máximo grau de efetividade”, destacaram os promotores de Justiça coordenadores do GT Coronavírus Frank Ferrari; Patrícia Medrado; Rita Tourinho; e Rogério Queiroz.
“Levantamento realizado pela Folha de São Paulo sobre a campanha da vacinação contra o coronavírus no Brasil, utilizando dados do DataSUS, exclusivamente sobre a aplicação da CoronaVac que define o intervalo de 2 a 4 semanas entre as duas doses, indicou que 14,13% das pessoas que receberam a primeira dose da vacina no país deixaram de receber a segunda, estando a taxa de abandono vacinal no Estado da Bahia na ordem de 15,17%”. A Nota Técnica orienta ainda que os promotores de Justiça solicitem aos gestores municipais a observarem a taxa de abandono vacinal, analisando o quantitativo de cidadãos que deixaram de tomar a segunda dose do imunizante, investigando as razões para o abandono e realizando a busca ativa dessas pessoas a fim de garantir sua vacinação no tempo indicado para cada imunizante.
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Foto: Jonathan Campos/AEN