O Brasil caiu quatro posições no ranking mundial da Liberdade de Imprensa, elaborado pela organização Repórteres Sem Fronteiras, divulgado nesta terça-feira (20). Agora, o país ocupa o 111º lugar na listagem e entrou para a zona vermelha da entidade. Ou seja, para a organização, a situação da imprensa no país é difícil. De acordo com o G1, a entidade separa a situação de cada país em cinco cores relativas ao nível de liberdade de imprensa, que são branca (muito boa), amarela (boa), laranja (problemática), vermelha (difícil) e preta (muito grave).
Ainda segundo o portal, o ranking descreve, em texto de apresentação, o ambiente para o trabalho dos jornalistas como tóxico desde que o presidente Jair Bolsonaro assumiu o poder, em 2019 (naquele ano, o país já havia caído duas posições no ranking). “Insultos, estigmatização e orquestração de humilhações públicas de jornalistas se tornaram a marca registrada do presidente, sua família e sua entourage”, afirma o texto.
O país onde há mais liberdade de imprensa pelo quinto ano consecutivo é a Noruega. Em segundo, ficou a Finlândia. Os Estados Unidos ficaram em 44º —no último ano do mandato de Donald Trump, houve um número recorde de agressões (cerca de 400) e prisões de jornalistas (130), de acordo com o US Press Freedom Tracker. O Brasil está posicionado atrás de Guiné e Bolívia à frente de Bulgária e Indonésia.
Foto: Marcos Corrêa/Divulgação Presidência