Um estudo publicado recentemente pelo LinkedIn fez uma análise sobre habilidades subjetivas que estão relacionadas com a inteligência emocional das pessoas, as chamadas Soft Skill e pontuou as cinco habilidades mais valorizadas no mercado de trabalho. São elas: Criatividade, persuasão, cooperação, adaptação/flexibilidade, inteligência emocional. O Correio foi ouvir especialistas sobre como desenvolver e como explicitar essas qualidades na hora de buscar uma vaga de trabalho.
A head de inovação na Provi, fintech de financiamento estudantil de alto impacto Ana Baraldi lembra que, hoje, num mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo (VUCA), ter conhecimentos técnicos sobre uma profissão é fundamental, mas não é tudo. Afinal, para que os projetos e atividades fluam e que o ambiente seja saudável, são indispensáveis as capacidades humanas – como a cooperação, flexibilidade e inteligência emocional, por exemplo. “As soft skills também contribuem para o engajamento com a missão da empresa e para produtividade na rotina. São elas que nos diferenciam e garantem até uma visão mais disruptiva, o que promove também a inovação”, esclarece.
O CEO da, startup social Vamos Subir, que já beneficiou mais de 100 mil jovens talentos em todo o Brasil, Flavio Valiati lembra que se vive numa era em que as tecnologias estão mais presentes e têm otimizado tarefas cotidianas, principalmente as repetitivas e processuais, possibilitando que os humanos se tornem cada vez mais humanos. “Os executivos garantem que na hora de decidir sobre uma demissão, as soft skills influenciam mais de 40% nas decisões. Mais da metade desses executivos também apontam que não ter esse tipo de skill bem desenvolvida na equipe é um obstáculo sério para o atual funcionamento das empresas”, pontua. Valiati salienta que, historicamente, as empresas contratam currículos, competências técnicas, mas demitem pelas soft skills ou a ausência delas.
Habilidades em prática
Ele lembra que nenhuma soft skill vai se desenvolver se não for posta à prova, então é importante buscar oportunidades onde as soft skills serão fortalecidas para que o profissional e a organização possa sair melhor. “A criatividade, por exemplo, vem do repertório. Por isso quanto mais informações você consome, maior é sua capacidade de resolver problemas de maneira criativa. Olhe para os problemas da humanidade, coisas simples, e pense como as pessoas estão propondo soluções e o que você iria propor, mesmo que o problema não seja seu”, sugere.
Para reforçar a afirmativa, Valiati destaca a ‘Pirâmide do Aprendizado’, que traz a porcentagem de retenção em cada um dos métodos de aprendizado e dos itens com maior nível de retenção, onde a prática é responsável por 75% desse aprendizado. Ana Baraldi complementa, destacando que a prática precisa vir acompanhada do autoconhecimento, pois por meio deles é possível entender quais são os reais objetivos, motivações e características pessoais.
“A partir disso, uma boa prática é colocar a mão na massa, e encontrar atividades que exijam tais capacidades – tanto dentro do ambiente profissional quanto fora – e assim as estimulem. Um exemplo que pode funcionar aqui é buscar desenvolver um projeto pessoal, algum tipo de trabalho voluntário, que pode envolver, inclusive dar ajuda a algum amigo”, orienta.
Combo de resultados
A representante da Provi acredita que não exista habilidade mais importante que outra e todas são relevantes e funcionam de forma complementar. “Mas no cenário em que estamos hoje, a inteligência emocional tem funcionado como bússola em tempos de incerteza e insegurança. Ela é responsável por dar suporte e estrutura para que o profissional se sinta confiante e pronto para desafios”, assegura.
Para ela, a inteligência emocional é a capacidade de saber identificar e lidar com sentimentos, sejam os individuais ou os de outras pessoas e, por meio dessa habilidade, ser capaz de melhorar seus relacionamentos interpessoais e ajudar ao próximo a fazer o mesmo.“A importância dessa habilidade se dá na capacidade de lidar com adversidades e tomar decisões de forma equilibrada – principalmente quando se trata sobre o ambiente profissional. Além disso, a inteligência emocional contribui para o foco, resolução de conflitos e canalização das emoções”, finaliza.
As Eleitas
Treino para Inteligência Emocional
Exercícios diários podem se transformar em hábitos, então, que tal:
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