O agravamento da pandemia a partir de janeiro afetou a economia baiana que já vinha em desaceleração desde dezembro do ano passado e, com isso, o primeiro trimestre deve apresentar uma queda no PIB, embora a Agropecuária mais uma vez surpreenda com uma safra próxima a de 2020. A previsão é da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan), que anlisou os três principais segmentos da economia:
A indústria foi afetada pela pandemia e sofreu com o fechamento da fábrica da Ford, registrando quedas na produção dos meses de janeiro e fevereiro. Já o comércio varejista e os serviços sofreram com as restrições adotadas pelas autoridades governamentais e sanitárias, como toque de recolher e fechamento de atividades não essenciais, que atingiram diretamente o comércio varejista e os serviços. O comércio, que ainda se ressente da falta do auxílio emergencial, registrou queda de 3,8% no bimestre, com destaque para atividade Hiper e supermercados com queda de 8,7%.
Já o setor de serviços registrou retração de 13,0% com todas as atividades apresentando taxas negativas. Como este setor representa 70% do PIB baiano, a queda no trimestre deve ser acentuada.
Para completar, indicadores antecedentes mostram uma queda no ritmo da atividade econômica e da confiança de empresários e consumidores no 1º trimestre. O único setor que cresceu no 1º trimestre de 2021 foi a Agropecuária, que representa cerca de 7,5% do PIB. A safra baiana 2020/2021 está estimada em 10,4 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 3,1% em relação ao ciclo 2019/2020.