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O  “BOOM” NO MERCADO IMOBILIÁRIO DA BAHIA EM PLENA PANDEMIA

Redação - 15/04/2021 08:28 - Atualizado 15/04/2021

Apesar de estarmos em plena pandemia, há um boom imobiliário em curso na Bahia, especialmente em Salvador e as construtoras estão festejando o aumento da demanda por imóveis. As vendas de imóveis aumentaram 19% no segundo semestre de 2020, em relação ao mesmo período de 2019, segundo a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA) e esse crescimento só tem aumentado em 2021. O crescimento do setor já vinha se desenhando mesmo antes da pandemia, com a redução acentuada do estoque de imóveis à venda, mas quando o Banco Central reduziu a taxa de juro ao seu mínimo histórico os financiamentos ficaram baratos, reduzindo o valor da prestação e ampliando a demanda.

Além disso, a redução da taxa Selic fez a rentabilidade das aplicações em renda fixa tornarem-se negativas e assim muitos investidores, especialmente aquele que pensa no longo prazo e procura segurança, migrou para o mercado imobiliário. Para completar, a pandemia obrigou as pessoas a ficarem em casa, mostrando a importância de morar bem e, ao mesmo tempo, ampliou a demanda por imóveis em áreas turísticas, como o Litoral Norte, fazendo a demanda por imóveis aumentar de forma consistente em vários segmentos.

O resultado foi a ampliação dos lançamentos imobiliários para todas as faixas de renda. Para 2021, a expectativa da Ademi-Ba é que até o final do ano sejam contabilizados 47 novos lançamentos, o que significa um aumento de 35% em relação a 2020. Cerca de 15% desses lançamentos são de imóveis de alto luxo, mas a maior parte deles são apartamentos de dois quartos, que representam 73% do total.

Mas o “boom imobiliário” que, se depender do mercado, tem força para estender-se pelos próximos anos, tem alguns desafios pela frente.  O primeiro deles é a tendência já estabelecida pelo Banco Central de aumento da taxa de juro, com expectativa da Selic chegar a 4,5% ou mais no final do ano, o que não só elevaria o preços dos imóveis, como também tornaria mais atrativas as aplicações de renda fixa atraindo investidores que neste momento concentram-se no mercado imobiliário. O outro desafio, é que o retorno da inflação e a demanda aquecida vem aumentando os custos de construção na Bahia e já se registra um crescimento médio nos preços dos imóveis em torno de 10% a depender da localização.

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