A AgriBrasil está ajustando os ganhos que obteve nos últimos anos e continua a avançar em direção a uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A companhia viu seu faturamento saltar para R$ 1,4 bilhão em 2020, cerda de R$ 1 bilhão a mais que no ano anterior. O bom resultado veio da exportação de mais ou menos 900 mil toneladas de milho, que se tornou carro-chefe da trading, e de 400 mil toneladas de soja em grãos. A margem Ebitda também cresceu, de menos de 3% nos anos anteriores para 3,4%, isso se deu por causa da alta dos preços das commodities que a companhia oferece.
Apesar do milho ser o carro-chefe, o mercado de soja também tem tendência ao crescimento, com os ganhos exponenciais, a companhia começa a recorrer a navios maiores e a exportar mais para a China, que absorve mais ou menos 60% das importações mundiais a oleaginosa. Atualmente os principais destinos da soja produzida pela AgriBrasil são o Norte da África e a Europa. Foi projetado pela empresa que em 2021 o volume total a ser exportado chegará a 1,5 milhão de toneladas, e que a companhia pode faturar cerca de R$ 1,8 bilhão. A informação foi colhida da Valor.
A empresa também montou uma filial em Luís Eduardo Magalhães para começar a exportar em portos da Bahia em 2020. Com o aumento do faturamento e a escala de volumes, a companhia protocolou no fim de março na Comissão de Valores Mobiliário (CVM) um pedido de listagem na B3. Esta é a primeira ação em direção ao IPO, que ainda não tem data marcada. Para Frederico Humberg, fundador e CEO da ArgriBrasil, o agronegócio tem poucos representantes da agricultura na B3 e isso pesa “contra”. Costumo ouvir que ainda há muitos problemas de governança nas empresas do setor em geral, e que a falta de familiaridade dificulta o entendimento do mercado sobre a AgriBrasil. Mas nosso IPO é só uma questão de tempo”, afirma.