A Organização Mundial da Saúde (OMS) vê com preocupação a retomada no crescimento de casos e de óbitos na última semana em todo o mundo e enfatiza a importância de medidas sanitárias para conter a circulação do vírus, como uso de máscaras e distanciamento social.
Na última semana, a OMS reportou o quarto maior número de casos em uma semana desde o início da pandemia: foram 4,4 milhões de infecções, com um aumento e 9% no número de casos em comparação com a semana anterior.
Em entrevista para os jornalistas na manhã desta segunda-feira (12), o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou que a pandemia em todo o mundo poderia ser controlada em alguns meses, se houvesse empenho e disposição por parte dos governos e das pessoas em adotar as medidas comprovadamente eficazes para controlar a pandemia.
“Semana após semana vamos continuar dizendo: distanciamento social funciona, lavar as mãos funciona, usar máscaras funciona, vigilância epidemiológica, testagem, isolamento de confirmados, rastreamento de contatos, tudo isso funciona para impedir a cadeia de transmissão e salvar vidas.”
“As evidências são claras, e muitos países em todo o mundo demonstraram que é possível controlar o vírus quando aplicadas medidas preventivas e junto a sistemas que respondem de maneira rápida e consistente”, afirmou. “O que aumenta a transmissão e custa vidas é confusão, complacência e medidas de saúde públicas inconsistentes e sua aplicação.”
A OMS também enfatizou a importância da vacinação e como a distribuição de vacinas de forma igualitária é fundamental para acelerar a imunização em países na África e no Oriente Médio, mas que só a vacina não vai funcionar.
“As vacinas estão chegando, mas elas não estão ainda aqui [em quantidades suficientes]. Nós precisamos enfatizar a importância das medidas sanitárias, e os governos precisam dar apoio consiste às populações para elas cumprirem as medidas. Não é vacinas apenas, é vacinas com medidas restritivas”, afirmou Maria van Kerkhove, líder técnica para Covid-19 da entidade.