A parte mais expressiva da discografia de Dorival Caymmi (1908-2008) estão no arquivo da Universal Music, companhia fonográfica detentora dos acervos das gravadoras Odeon e Philips. Mas, existem cinco registros fonográficos feitos pelo cantor, compositor e violonista baiano na gravadora Columbia, entre 1940 e 1941, que chegaram a ser editados em CD mas que permaneciam oficialmente inéditos nas plataformas digitais.
Esse ineditismo acaba em 30 de abril próximo, dia do 107º aniversário de Caymmi, quando a gravadora Warner Music põe nos aplicativos o EP Dorival Caymmi – Os anos Continental. Entre esses cinco fonogramas, se destaca O Mar, editada na íntegra do EP, com acompanhamento da orquestra regida pelo maestro Radamés Gnattali (1906-1981). No disco original de 78 RPM, o registro ocupou os dois lados do vinil por limitações de espaço do formato.
Outras duas canções praieiras, A Jangada Voltou Só e É Doce Morrer no Mar, surgem sem o glamour das orquestras da época, apresentadas somente com a voz e o violão de Caymmi.
O disquinho traz ainda as gravações originais de duas músicas menos conhecidas do repertório de Caymmi: Balaio Grande e Essa Nega Fulô. Ambas foram gravadas em disco com o toque da orquestra de Benedito Lacerda (1903 – 1958). O EP Dorival Caymmi – Os anos Continental foi idealizado pelo pesquisador musical Renato Vieira.
foto: divulgação