Por tentativa de interferência nas Forças Armadas e “ameaça à democracia”, Líderes de oposição na Câmara e no Senado apresentaram nesta quarta-feira, 31, um novo pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O pedido foi protocolado na Câmara dos Deputados um dia após a demissão conjunta dos três comandantes das Forças Armadas. Por discordarem de Bolsonaro, os três haviam colocado o cargo à disposição, mas o presidente se antecipou e os demitiu antes que a renúncia fosse oficializada.
No dia anterior, Bolsonaro havia demitido o ministro da Defesa, o general Fernando Azevedo. Seu substituto é o general Walter Braga Netto, próximo a Bolsonaro e que até então era o chefe da Casa Civil da Presidência.
Pela legislação, cabe ao presidente da Câmara decidir, de forma monocrática, se há elementos jurídicos para dar sequência à tramitação do pedido. Nesse caso, o impeachment só é autorizado a ser aberto com aval de pelo menos dois terços dos deputados (342 de 513), depois de votação em comissão especial.
O pedido de impeachment é assinado pelos líderes da minoria e da oposição da Câmara, respectivamente Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e Alessandro Molon (PSB-RJ); do Senado, Jean Paul Prates (PT-RN) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e pelo líder da minoria no Congresso Nacional, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).