O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acelerou para 2,94% em março, após avançar 2,53% em fevereiro, pressionado pelo aumento dos combustíveis. A taxa é a maior para meses de março desde 1994 , ano da implantação do real. Naquele ano, o IGP-M ficou em 45,71% em março, divulgou nesta terça-feira (30) a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com o resultado, o indicador acumula alta de 8,26% no ano e de 31,10% em 12 meses. Trata-se da maior taxa para 12 meses desde maio de 2003 (31,53%). Em março de 2020, o índice havia subido 1,24% e acumulava alta de 6,81% em 12 meses.
“Todos os índices componentes do IGP-M registraram aceleração. No índice ao produtor, os aumentos recentes dos preços das matérias-primas continuam a influenciar a aceleração de bens intermediários (4,67% para 6,33%) e de bens finais (1,25% para 2,50%). Além disso, os aumentos dos combustíveis também contribuíram para o avanço da inflação ao produtor e ao consumidor. Na construção civil, os materiais para a construção seguem em aceleração impulsionados pela alta dos preços dos insumos básicos”, afirma André Braz, coordenador da pesquisa.
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