Após uma manhã tensa, que abriu caminho para que o dólar galgasse a R$ 5,8067, a divisa norte-americana amenizou o ímpeto frente ao real e chegou até a mínima de R$ 5,7381. De acordo com profissionais da área de câmbio, os riscos de pedaladas fiscais aliados às mostras de desorganização do governo, com o desembarque de ministros a quadros técnicos, dão um tom negativo para a moeda local. Houve ainda influência vinda do exterior, com os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano mais longos novamente em alta, o que contribuiu para que moedas de países emergentes desvalorizassem. O dólar à vista fechou em alta de 0,44%, a R$ 5,7663.
Na manhã desta segunda-feira, a velocidade com a qual o real se desvalorizou frente à moeda norte-americana foi notória de problemas vistos no final de semana, que envolveu o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e congressistas, em especial a senadora Kátia Abreu. “Tanto que, depois de oficializada a saída de Araújo, houve um desmonte de posições, levando o dólar a uma queda adicional junto com o retorno do DXY naquele momento. Agora o mercado espera quem vai entrar no lugar. Mas a saída foi positiva”, disse Thomás Giuberti, economista e sócio da Golden Investimentos.
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