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BAHIA E PELO MENOS OUTROS OITO ESTADOS TÊM DIFICULDADE DE MONTAR EQUIPES PARA UTI

Redação - 29/03/2021 15:37 - Atualizado 29/03/2021

No caótico ambiente hospitalar gerado pela pandemia de coronavírus, gestores e entidades médicas de pelo menos nove Estados – Bahia, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins – relatam falta de intensivistas, dificuldades no atendimento ou necessidade de abrir rodadas de processos seletivos para contratar temporários.

“O que precisamos é de profissionais treinados para internação sob cuidados intensivos”, diz o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes. “E também dos demais profissionais de saúde, porque não é qualquer médico ou técnico que pode trabalhar numa UTI “. No Brasil tem 543 mil médicos, mas nem todos preparados para as demandas atuais.

Na Bahia, informações oficiais do governo mostram que a demanda ainda tem sido atendida, mas os dados já apontam “dificuldades” para achar profissionais. Em Salvador e região metropolitana, foram abertas cerca de 2 mil vagas este mês.

Em Santa Catarina, um dos Estados com maior colapso, já foram 32 processos de contratação na crise sanitária. Mas parte dos inscritos não aparece após a convocação; No Piauí, foram ao menos dois processos seletivos em 2020 para médicos e demais áreas de enfermagem. A rede pública, diz o Estado, já teve 1.112 contratados e hoje são 1.004 em operação. No fim do ano passado, houve desligamentos por término de contrato ou pedidos de afastamento, alega o governo.

Já no Rio Grande do Sul, existem hoje no País cerca de 20 mil médicos, de várias especialidades, que já trabalham em UTIs, mas a demanda pode chegar ao dobro disso, disse Gerson Junqueira Junior, presidente da Associação Médica do estado;

O Rio Grande do Sul destacou que, “diferentemente de alguns Estados, não conta com rede hospitalar própria”. A pedido do governo estadual, o Exército montou unidade de campanha ao lado do Hospital de Restinga, em Porto Alegre.

Rondônia já abriu 85 editais de chamamento emergencial para todas as áreas, principalmente médicos; O governo de Mato Grosso admite dificuldade de aumentar os quadros da linha de frente, mas informa que “ainda é possível contratar profissionais da saúde” e a Secretaria Estadual de Saúde está com processo seletivo em aberto.

O Tocantins informa ter contratado cerca de 1,5 mil profissionais em diversas áreas de atuação de combate à pandemia A Secretaria de Saúde local diz que foi aberto edital de cadastro para integrar voluntários à linha de frente, mas isso não ocorreu; O Pará diz que foram contratados, em caráter emergencial, 316 profissionais, entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos de enfermagem e de apoio administrativo.

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