A Petrobras disse que quatro dos oito diretores informaram que não têm interesse em renovar seus mandatos, que foram encerrados no último dia 20. A saída já era prevista desde que o presidente Jair Bolsonaro demitiu Roberto Castello Branco do cargo de presidente da estatal. Andrea Almeida, da área Financeira e de Relacionamento com Investidores, André Chiarini, de Comercialização e Logística, Carlos Alberto Pereira de Oliveira, de Exploração e Produção, e Rudimar Lorenzatto, de Desenvolvimento da Produção, continuarão na empresa apenas de forma interina até o novo presidente da estatal, o general Joaquim Silva e Luna, indicar os substitutos.
Na bomba:Petrobras anuncia primeira redução no preço do diesel em 2021. “Os mandatos da Diretoria Executiva foram encerrados no dia 20 de março, encontrando-se o prazo de gestão estendido até a investidura de novos Diretores Executivos”, disse a estatal. Para assumir a presidência da estatal, o nome do general precisa passar pelo aval dos acionistas em uma assembleia geral extraordinária, marcada para o dia 12 de abril. Até lá, Castello Branco e os diretores devem continuar de forma interina nos cargos. A demissão de Castello Branco gerou uma mudança no Conselho de Administração da estatal. Há duas semanas, parte dos conselheiros anunciou que não iria permanecer na estatal, o que levou a União a indicar novos nomes para o Conselho.
A mudança envolvendo a direção da Petrobras ocorreu por conta do aumento de preços praticada pela estatal. No ano, os preços acumulam alta superior a 40%. Esse movimento desagradou Bolsonaro e ocorreu em meio às pressões de uma greve dos caminhoneiros. Gás: Novo marco não é suficiente para destravar investimentos, dizem especialistas. Após ser aprovado em assembleia como conselheiro, o nome do general será alvo de uma votação pelo Conselho de Administração da estatal para que ele assuma a presidência da Petrobras. A indicação de Silva e Luna já é alvo de um processo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que ontem anunciou que conduz quatro processos envolvendo a interferência de Bolsonaro na estatal.
No dia 01 de março, a CVM abriu processo contra a estatal para verificar “o enquadramento do currículo do General Silva e Luna aos requisitos previstos na Lei das Estatais, para sua investidura no cargo de presidente da companhia”.
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