Além dos 50 óbitos registrados ontem (18), Feira de Santana sofre com o aumento do número de infectados, com superlotação de leitos, aquisição de insumos hospitalares e o desrespeito da população em relação às medidas restritivas.
Ainda assim, o secretário municipal de saúde, o médico Marcelo Brito, falou sobre a possibilidade de falta de medicamentos para tratar a Covid-19 e oxigênio no município de Feira de Santana. Segundo Marcelo Brito, em Feira de Santana não há ainda uma falta específica de medicamentos, mas esta é uma grande preocupação de todos.
“São os efeitos colaterais que a covid está provocando. Com o consumo maior desses medicamentos, a possibilidade de falta começa a se tornar real. Não só medicamentos, mas também oxigênio. As policlínicas e UPAs têm um determinado consumo e a previsão de ampliar em demasia. Estamos tentando abastecer essas unidades na maior quantidade possível. Mas, os próprios fornecedores começam a apontar o esgotamento da produção. Estamos bastante preocupados com essa situação e viemos mais uma vez pedir apoio da população para adotar as medidas sanitárias. De usar máscara, lavar as mãos, usar álcool em gel e principalmente não gerar aglomeração”, afirmou ao Acorda Cidade.
Marcelo Brito declarou que não tem a informação precisa do estoque de medicamentos para intubação e do oxigênio, porque esses dados são passados pelas empresas terceirizadas e a prefeitura tem dificuldade na informatização dos dados. “A gente não consegue obter isso em tempo real, pede-se a informação e aguarda, por email. Estamos lutando muito para informatizar e ter acesso em tempo real sobre a utilização e o estoque dos medicamentos.Temos R$2.800.000 para comprar computadores. O prefeito autorizou e estamos correndo com a licitação. Vivemos uma preocupação nacional e não específica de Feira de Santana”, declarou.