Após ser intimado a depor por um tuíte em que chamou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “genocida”, o youtuber Felipe Neto decidiu organizar uma frente de de advogados para assumir a defesa gratuita de todas as pessoas que forem investigadas ou processadas por se manifestarem contrárias à alguma autirdade política.
De acordo com informações da Folha, a frente “Cala a Boca Já Morreu” será integrada pelos escritórios de André Perecmanis, Augusto de Arruda Botelho, Beto Vasconcelos e Davi Tangerino. O serviço poderá ser usufruído por qualquer indivíduo que não possua advogado constituído.
Para isso, através de uma pagina da internet, a pessoa poderá acionar a equipe responsável pelos encaminhamentos jurídicos. “A liberdade de expressão no Brasil está sob ataque de violentos inimigos da democracia. Querem intimidar e silenciar a todos aqueles que criticam autoridades públicas, eleitas pelo povo, e que exercem o poder que têm em nome desse mesmo povo. E para isso, se armam da Lei de Segurança Nacional, herança do passado mais terrível e assombroso do país: a ditadura militar”, destacou Augusto de Arruda Botelho.
“O Cala-Boca Já Morreu será um grupo da sociedade civil que vai lutar contra o autoritarismo e que será movido pelo princípio de que quando um cidadão é calado no exercício do seu legítimo direito de expressão, a voz da democracia se enfraquece. Não podemos nos calar. Não podemos deixar que nos calem e não vamos”, reforçou o youtuber.
De acordo com informações de O Globo, a juíza Gisele Guida suspendeu, na manhã desta quinta-feira (18), a investigação, da 38ª Vara Criminal do Rio, feita a pedido de Carlos Bolsonaro contra Felipe. A magistrada reconheceu a ilegalidade da instauração do procedimento criminal e determinou a imediata suspensão da investigação.
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