Por: João Paulo Almeida
A pandemia do coronavírus continua assolando a economia em diversos setores e na aviação não tem sido diferente. Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, de janeiro a novembro de 2020 o número de passageiros no Aeroporto de Salvador caiu 52,1% se comparado ao mesmo período do ano anterior, passando de 7,3 milhões (2019) para 3,1 milhões (2020) – uma diferença de mais de 4 milhões de pessoas.
A escassez de voos decorrente da pandemia é um dos principais motivos que afetaram o turismo. Nos meses pós pandemia foi verificado maior presença do público local e regional, que acessou os hotéis através do transporte terrestre, dando preferência às hospedagens nos finais de semana. Com isso, a taxa média de ocupação dos finais de semana foi invariavelmente superior à verificada nos dias de semana.
Marcus Campos, gerente de marketing e negócios aéreos da Vinci, concessionária que administra o aeroporto de Salvador explicou que nesse momento a crise não é uma questão local da Bahia e sim nacional com varias restrições impostas em vários locais e a população sem poder viajar. O gerente também explicou que apoia as medidas restritivas diante do agravamento da crise.
“É preciso ressaltar que a variação na demanda aérea em Salvador não se deve às restrições decretadas pelo governo do estado, mas sim ao agravamento da pandemia no país como um todo. Com a circulação de novas variantes da Covid-19, houve um aumento significativo de casos e de pacientes internados em leitos de UTI em todo o país. Com isso, gestores estão impondo restrições de circulação em diversos estados brasileiros e não só na Bahia, desestimulando viagens rodoviárias e aeroviárias. Essas medidas são uma tentativa de frear o crescimento da Covid-19 no estado. Segundo a gestão municipal e a estadual, o sistema de saúde está à beira do colapso. Nesse sentido, são iniciativas relevantes nesse momento tão difícil”.
Foto: divulgação
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