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FUNCIONÁRIOS DO BM PEDEM INVESTIGAÇÃO CONTRA WEINTRAUB

Redação - 12/03/2021 08:15

A Associação de Funcionários do Banco Mundial pediu uma investigação sobre a conduta de Abraham Weintraub em suas redes sociais. A associação argumenta que o diretor da instituição indicado pelo governo Jair Bolsonaro posta mensagens com desinformação na pandemia e mensagens políticas, inclusive contra governos que se relacionam com o banco, como o governo do Estado de São Paulo.

A notícia da representação foi antecipada pelo jornal “Folha de S. Paulo”, que teve acesso à carta enviada ao Conselho de Ética do Banco Mundial. O GLOBO confirmou a veracidade do documento, datado de 24 de fevereiro, onde a associação afirma que a conduta de Weintraub, ex-ministro da Educação, precisa ser averiguada se está de acordo com o Código de Conduta da entidade.

Não está claro que tipo de punição ele pode vir a receber, se o Conselho de Ética da Instituição aceitar o pedido de investigação e concluir que ele feriu o código de ética da instituição. Procurado, o Banco Mundial não comenta sobre discussões internas. Weintraub também foi procurado pela reportagem, mas não respondeu. Em nota, o Ministério da Economia informou que não recebeu comunicação do Banco Mundial a respeito do assunto.

A associação cita diversos exemplos de postagens de Weintraub, onde defende o uso da hidroxicloroquina contra a Covid-19, apesar de diversos estudos e a própria Organização Mundial de Saúde (OMS). “O Sr. Weintraub tuitou várias vezes contra a vacina contra o coronavírus produzida pelo Instituto Butantan, do Estado de São Paulo (onde o governador de São Paulo é um adversário político do Sr. Weintraub e do Sr. Bolsonaro)”, afirma trecho da carta, que completa

“O Sr. Weintraub busca oferecer ‘evidências científicas’ para atestar que a hidroxicloroquina é um tratamento eficaz contra Covid-19; e afirma que as múltiplas mutações do vírus são uma indicação clara de que ele foi fabricado em laboratório. Ambas as questões foram desacreditadas pela comunidade científica”.

Foto: divulgação

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