O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, em transmissão ao vivo nesta quinta-feira (11), que deve decidir seu novo partido e o consequente futuro político até o fim deste mês. “Espero em março decidir o meu futuro político”, disse o presidente. “Alguns partidos acenaram para mim. O próprio PSL, conversei com o PSL, entre outros partidos. Espero ouvir vocês [do PSL]. A grande maioria de vocês [PSL] foi eleito… tem meia dúzia lá que não dá para conversar, que destruíram todas as pontes em causa própria”, completou.
Bolsonaro também voltou a criticar as medidas de restrição anunciadas por diversos estados brasileiros como forma de conter a disseminação da Covid-19 e evitar colapso do sistema de saúde em meio à alta de internações pela doença. Para o presidente, “o que está em jogo não é um prato de comida, mas a sua liberdade”. “O povo tá aí com fome, batendo cabeça. Ninguém consegue exercer autoridade. A quem interessa o caos no Brasil? Com quem o governador negocia fora do Brasil de forma explícita, não vou falar nomes”, disse o presidente.
Bolsonaro repetiu que o Distrito Federal enfrenta “um estado de sítio” devido às medidas anunciadas pelo governador Ibaneis Rocha, que restringe a circulação de pessoas das 22h às 5h. “O que o governo do Distrito Federal está fazendo é um crime”, disse. Mais cedo, o governo de São Paulo anunciou uma fase emergencial da quarentena, com restrição para todas as atividades não essenciais e proibição de cultos e atividades esportivas. O governador João Doria (PSDB) destacou, no entanto, que, apesar de restritiva, a medida não é ‘lockdown’. Bolsonaro não citou explicitamente o nome de Doria.
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