O ex-presidente Lula criticou a imprensa e membros da Lava Jato, durante coletiva no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em primeira coletiva institucional após ser absolvidopelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Lula lembrou das diversas reportagens veiculadas de 2015 até 2018, ligando o ex-presidente aos esquemas de corrupção na Petrobrás e ao recebimento de um apartamento no Guarujá como propina.
Ele reclamou dos “vazamentos coletivos” e da falta de espaço nos telejornais para sua defesa: “quantas matérias no principal jornal da televisão [Jornal Nacional] apareceram áudios meus, com gasoduto saindo dinheiro [ ao fundo], com denúncia dos procuradores e nenhuma prova; mas eles colocaram, contra o Lula não precisa provar, o documento tinha seriedade, era preciso destruir”. Apesar de fazer criticar diversos veículos, Lula destacou o valor e a importância do jornalismo profissional para democracia. Ele criticou os ataques de Bolsonaro contra a imprensa.
Luiz Inácio Lula da Silva disse ser “agradecido ao ministro Fachin” que compreendeu “tardiamente” e balizou um pedido que a defesa já havia feito desde 2016. Lula culpa a “quadrilha de procuradores da força-tarefa da Lava Jato” por seu processo de prisão: “Moro entendia que era a única forma de pegar, que era me ligando a Lava Jato”. Lula disse que está.
“Tinha certeza que esse dia chegaria, e o dia chegou com voto de Fachin, que reconheceu que nunca houve crime praticado por mim, que nunca estive envolvido nos crimes da Petrobrás. Estou muito tranquilo, os processos vão continuar; eu fui absolvido em todos os processo fora de Curitiba. Vou seguir brigando para que Moro seja suspeito, eles não tem o direito de transformar o maior mentiroso da história do Brasil em herói, aqueles que queria me derrubar, um deus de barros não dura muito tempo… Seu que eles estão sofrendo muito mais, o Moro, o dallagnol, eles sabem que cometeram um erro e que eu não tinha cometido erro”, desabafou Lula.
Foto: divulgação
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