A decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, vem gerando grande repercussão dentro do cenário político, ao inocentar o ex-presidente Lula de todas as acusações da Lava Jato. Com a decisão, Lula torna-se elegível novamente e pode enfrentar o atual presidente Jair Bolsonaro.
O senador baiano Angelo Coronel (PSD) disse que a justiça estava sendo feita. “Acho que a Justiça tá começando a corrigir erros e excessos cometidos no passado. O Fachin foi inteligente em colocar o processo numa Justiça
O senador baiano Otto Alencar (PSD) falou que o episódio confirmava uma “conotação política”. “Depois do juiz Sergio Moro ter condenado o presidente e, consequente à condenação de Lula, favorecido a eleição de Bolsonaro, depois de Moro passar a ser ministro da Justiça de Bolsonaro, e Moro advogar pra uma das empresas que foram condenadas por ele na Lava Jato, eu confirmei o que já pensava antes, que teve uma conotação política”, disse o senador.
O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) na Bahia, Éden Valadares, comemorou a anulação, a qual chamou de “injusta”. “A anulação da injusta condenação de Lula é o primeiro passo para reabilitação da Democracia no Brasil […] Lula é vítima de uma farsa política e de uma perseguição jurídica. Garantir um julgamento imparcial e justo a Lula é, insisto, um importante passo para a reabilitação da Democracia no Brasil”, destacou Valadares.
Líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues (PT) também comemorou. “É mais do que se fazer justiça a um companheiro perseguido de todas as formas, política e juridicamente. É também trazer a verdade à tona em tempos sombrios de mentiras e fakenews”, afirmou.
Já o deputado Rosemberg Pinto, líder do Governo Rui Costa na Assembleia Legislativa da Bahia disse que o Estado deve uma reparação ao presidente Lula por ter ficado oito meses encarcerado por decisões que, se quer, a Justiça Federal tinha competência para julgar e que levou o Brasil ao caos com a eleição de Bolsonaro”. “Mesmo tardiamente, o STF começa a retomar o seu papel de ser o guardião da Constituição e toma uma medida acertada. Como diz o ditado: ‘antes tarde do que nunca’.
A ex-deputada federal Manuela D’Àvila (PCdoB) também se manifestou via redes sociais. “Lula volta a ser elegível! Essa é uma grande vitória para o nosso país!”, escreveu em seu perfil no Twitter. A decisão foi tomada monocraticamente pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). D’Àvila foi vice-presidente em chapa encabeçada por Fernando Haddad (PT) em 2018.