Após duas semanas suspensas, a greve que teria início no dia 18 de fevereiro, será retomada a partir das 00h01 desta sexta-feira, 5. Segundo o sindicato dos petroleiros da Bahia, o Sindipetro, a decisão foi tomada após os profissionais e a Petrobras não entrarem em acordo.
Ainda de acordo com a entidade sindical, a greve não acontecerá só na Bahia, sendo deflagrada também pelos Sindipetros do Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, Pernambuco e São Paulo (Mauá e Campinas). Filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP), esses sindicatos também estavam negociando suas pautas reivindicatórias regionais diretamente com a Petrobras.
“A diretoria do Sindipetro Bahia lamenta que após quatro rodadas de negociação, e sem ter havido qualquer tipo de avanço, a Petrobras tenha rompido o trato com o sindicato, encerrando as negociações, e ressalta ‘a frustração da boa fé da entidade sindical, que suspendeu o início da greve do dia 18/02, para negociar’”, informou a Sindipetro, em nota.
Entre as reivindicações da categoria estão a implementação de uma política de combate ao assédio moral nas unidades da Petrobras; a incorporação dos trabalhadores concursados da Petrobras Biocombustíveis (PBIO) à Petrobras, caso a Usina de Biocombustíveis de Candeias seja realmente vendida; fim das dobras de turno e das prorrogações de jornada; revisão da política do efetivo mínimo do O&M (Organização e Método) nos diversos setores da estatal, em especial na RLAM.
A categoria também quer a implantação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico da jornada de 12 horas diárias, já praticada desde 2020 e aprovada em assembleia e o fim da exigência de quitação do passivo trabalhista anterior a fevereiro/2020 para firmar o documento, o início da discussão e tratamento para a situação das empresas contratadas, em especial dos contratos de trabalhos e direitos dos empregados terceirizados e a apresentação pela companhia do passivo ambiental e dos acidentes de trabalho.