O fim dos programas de auxílio sem substitutos definidos, a falta de vacinas, a inflação “mais salgada” e as preocupações com a trajetória do endividamento público têm pesado na economia neste começo de ano e abalado a confiança de consumidores e empresários. A consultoria GO Associados estima que o fim do Auxílio Emergencial tenha um impacto negativo de 1,52% no resultado do PIB do 1º trimestre e projeta uma retração de 1% na comparação com o 4º trimestre.
O Ibre prevê uma queda de 0,4% do PIB no 1º trimestre, já levando em conta uma nova rodada do Auxílio emergencial a partir de março. Já a MB Associados espera uma queda de 0,8% e não descarta uma taxa negativa também no 2º trimestre, o que configuraria uma recessão técnica. “Estamos chegando em março e a vacina só chegou a 3% da população. Vai ser muito lento provavelmente ainda nos próximos 4 meses, então vejo uma chance grande de uma queda de PIB nos dois primeiros trimestres por conta desse cenário ainda enfraquecido”, diz Vale.
Para o economista, a quase certa nova rodada do Auxílio Emergencial tende a ter um impacto limitado até mesmo no PIB do 2º trimestre. “Vai voltar, mas deve ser ser por 4 meses, num valor menor, por volta de R$ 250, e para menos gente. Acredito que a maior parte desses recursos vai ser usada para pagar dívidas e para o consumo básico”, avalia.
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