Administrada pela VLI desde 1996, a FCA está no radar dos baianos no início de fevereiro deste ano por conta de uma consulta pública realizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), sobre a renovação da concessão por mais 30 anos. Uma das vozes dissonantes foi a do presidente da CBPM. Para Antonio Carlos Tramm, a concessionária não trouxe benefícios para a Bahia e a concessão não pode ser aprovada sem que haja garantias de investimento e reativação da malha no estado.
Desde então, se uniram à CBPM as federações baianas do Comércio (Fecomércio), Indústrias (FIEB) e da Agricultura e Pecuária (FAEB). As entidades enviaram ofícios à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em que defendem ser necessária uma discussão mais aprofundada sobre a situação atual da linha férrea, considerando não apenas a demanda atual de carga ferroviária como o seu potencial futuro.
Duas situações urgem como prioritárias: uma é a construção da variante de 22 quilômetros ligando o Polo Industrial de Camaçari ao porto de Aratu; a outra é o contorno das cidades de Cachoeira e São Felix, com 17 quilômetros de extensão, para evitar o tráfego pela Ponte D. Pedro II, que há 150 anos liga a área central das duas cidades. Por outro lado, a VLI alega que fará investimentos significativos na malha baiana durante a vigência da outorga, mas não detalhou quando nem como serão feitos os investimentos. O que foi proposto pela empresa à ANTT é que o valor oriundo da outorga antecipada seja usado na construção de trechos da EF-118, entre o Rio de Janeiro e Vitória.
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