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MINERADORAS DA FCA ESCOARAM MAIS DE 6 MI DE TONELADAS EM 2020 

Redação - 26/02/2021 09:20 - Atualizado 26/02/2021

Conhecida como a Capital do Minério na Bahia, Brumado, na região sudoeste do estado, tem a terceira maior mina de magnesita a céu aberto do mundo e a segunda maior mina de talco do Brasil. Como se não bastasse, é uma importante produtora de granito. Em comum, as três substâncias minerais são medidas na ordem das milhares de toneladas ao ano. Só em 2020, a produção mineral comercializada no município passou de 1,2 milhões de toneladas.

Próxima a Brumado está Maracás, onde fica a única mina de vanádio da América Latina. A produção do mineral no ano passado ficou acima das 400 milhões de toneladas. Num cenário ideal, os minérios destes municípios estariam sendo transportados pela Ferrovia Centro-Atlântica, que passa por ambos e vai até o porto de Aratu, próximo a Salvador.

Mas as mineradoras baianas situadas próximas à ferrovia alegam que o frete cobrado pela concessionária VLI é proibitivo e têm preferido escoar suas cargas de caminhão. É a mesma situação que ocorre no norte do estado, com as produções de cobre, em Juazeiro e Jaguarari, e cimento em Campo Formoso, dentre outras.

Segundo levantamento feito pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) na base de dados de da Agência Nacional de Mineração, mais de 6 milhões de toneladas de minérios foram produzidos a menos de 50km da ferrovia em 2020. Gnaisse (gesso), calcário (cimento), magnesita (refratários), quartzo e granito (construção civil) são os cinco maiores volumes de carga, numa lista que também conta com cromo e vanádio (ligas de aço) e cobre (fios e cabos).

Para o presidente da Mineração Caraíba, Manoel Valério, a revitalização da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) é fundamental para reduzir os custos de transporte da empresa. “Antigamente, o nosso concentrado de cobre era escoado pela ferrovia. Mas o custo ficou simplesmente inviável em relação ao transporte rodoviário. O que é um contrassenso, já que a ferrovia poderia transportar não só produtos de mineradoras da região, como Ferbasa, fábricas de cimento, mas também produtos agropecuários e combustíveis”, diz Valério.

Foto: divulgação

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