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GUEDES DIZ QUE BOLSONARO FEZ DELE UM GENERAL FERIDO

admin - 26/02/2021 19:47

A mudança no comando da Petrobras ainda repercute no Palácio do Planalto. Em conversa com assessores, o ministro da Economia, Paulo Guedes, teria comentado uma conversa com o presidente Jair Bolsonaro, mostrando insatisfação com a nomeação do general Joaquim Silva e Luna no lugar de Roberto Castello Branco.

“Presidente, o senhor está ferindo o seu general. Na hora em que eu ganho a batalha, o senhor me dá um tiro”, disse Guedes a Bolsonaro. O capitão respondeu: “Não estou dando tiro”. E Paulo Guedes continuou: “O mercado está achando que o senhor está me dando um tiro. O senhor está entrando na política econômica e falou que não iria entrar”, afirmou o ministro, segundo a revista Veja.

Ainda segundo a publicação, ao se justificar pela mudança, o presidente teria dito que o agora ex-presidente da Petrobras não tinha “sensibilidade” com os caminhoneiros. Ao que Paulo Guedes respondeu: “Do ponto de vista político, o senhor fuzilou o presidente da Petrobras e vai zerar os impostos para os caminhoneiros. O senhor tentou uma jogada política. Mas isso tem um efeito econômico terrível, um preço caríssimo”. “Era mais barato dar 100 bilhões de reais aos caminhoneiros”, desabafou Guedes a um integrante de sua equipe.

A canetada de Bolsonaro que colocará o general Joaquim Silva e Luna, ex-diretor-geral da Itaipu Binacional, no comando da Petrobras, de fato, custou caro à empresa e ao país. Em dois dias, estimadas foram de 400 bilhões de reais, somando a desvalorização da companhia, de 102 bilhões de reais, das demais estatais listadas na bolsa e (pior ainda) o aumento das despesas com juros devido à piora da percepção dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil.

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