O prefeito Bruno Reis anunciou hoje em entrevista a imprensa na Fonte Nova que Salvador não está “livre de decretar lockdown”. Os índices da pandemia da Covid-19 na capital baiana preocupam a gestão municipal, e diante disso o prefeito Bruno Reis (DEM) reconheceu na manhã desta quarta -feira (17) que a possibilidade de fechamento total não está descartada. De acordo com o gestor, os índices, principalmente do sistema de Saúde, serão observados e até a sexta-feira (19) a prefeitura vai definir novas medidas de isolamento.
“A situação é grave, gravíssima, precisa conscientização da população […] estamos vivendo o pior momento da pandemia”, analisou o prefeito. “Estamos livres de decretar lockdown? Não”, acrescentou em coletiva. Salvador registrou 94 solicitações de regulação de pacientes para leitos Covid-19 nas últimas 24h. Além disso, as UPAs da cidade estão sob forte pressão. Segundo o prefeito, no momento mais grave da primeira onda de contaminações o número máximo de pacientes em espera para regulação foi de 60.
Bruno sinalizou que inicialmente a intenção é alertar e não adotar medidas mais restritivas. Caso sejam necessárias, a prefeitura estuda se serão implementas de forma geral, em toda a cidade, ou setorial, apenas em alguns bairros. “Estamos caminhando para retroceder e adotar medidas de isolamento social. Se não na cidade toda, pelo menos em bairros específicos. Isolamento parcial […] tem bairros alternando incidência, e uns que permanecem com a indecência, tem outros que tem condição do ponto de vista operacional de adotar essas medidas e elas surtirem efeitos maior”, explicou o prefeito de Salvador.
ÍNDICES DA PANDEMIA
De acordo com o gestor, os números da pandemia em Salvador mudaram de forma significativa em uma semana. “Quarta passada os números não indicavam como indicam hoje e não havia pressão tão grande nas UPAs”, argumentou. O prefeito de Salvador também afirmou que os números vem crescendo. A gestão tem registrado alta nos casos ativos, óbitos diários, e no fator RT (transmissão). Sobre esse índice em específico Bruno Reis ainda fez um alerta: “está chegando próximo de 1, e olha que já chegamos a 1,7 e 1,9, a velocidade com que está propagando vírus está crescendo, mas os números epidemiológicos não justificam essa pressão tão grade nas UPAs e hospitais”.
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