O cenário favorece as moedas dos fabricantes asiáticos em mercados emergentes. Apesar disso, outros fatores podem favorecer moedas dos mercados emergentes exportadores de commodities que não são asiáticos, como o Brasil – que exporta minério de ferro e petróleo. Nos últimos meses de 2020 e 2021, os mercados emergentes passaram por um período de alta. Mas em janeiro, novas oscilações tomaram conta do mercado.
Segundo o analista sênior de mercados emergentes da Gavekal Research, Udith Sikand, a aversão dos investidores ao risco irá passar, se não já passou. Existem indicações de que serão retomados os fluxos para mercados emergentes. “Como antes, muitos desses fluxos irão para a renda fixa chinesa com base em um diferencial favorável de rendimento real. E, de forma mais ampla, muito do fluxo irá para os ativos asiáticos, como uma jogada em relação à promissora perspectiva para os exportadores asiáticos de produtos manufaturados, à medida que a demanda entre seus clientes de países desenvolvidos se recupere”, explicou Sikand, num novo relatório da Exame Gabekal Research – parceria da Exame com a casa de análise macro independente.
O analista disse, também, que “macro forças” não são o único fator a impulsionar as moedas de mercados emergentes. “É possível afirmar isso com alguma confiança, porque os fluxos para os mercados emergentes continuaram nas primeiras semanas de janeiro, mesmo com o dólar se fortalecendo devido a uma reavaliação das perspectivas de crescimento relativo dos Estados Unidos frente a grande parte do resto do mundo”, disse Udith.
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