Um cronograma com prazos e metas estabelecidos por grupos para a vacinação contra a Covid-19 foi cobrado, nesta terça-feira, 16, pela Frente Nacional dos Prefeitos. A FNP também criticou o decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro na última sexta-feira, 12, que flexibiliza a aquisição de armas e munições.
“É urgente que o país tenha um cronograma com prazos e metas estipulados para a vacinação de cada grupo: por faixa etária, doentes crônicos, categorias de profissionais etc. Disso depende, inclusive, a retomada da economia, a geração de emprego e renda da população”, diz a nota da FNP.
Os prefeitos destacaram que este não é o momento de debate da pauta de costumes ou regramento sobre aquisição de armas e munições.
A entidade diz que solicitou, no dia 14 de janeiro, em reunião entre o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e mais de 130 governantes das médias e grandes cidades do país, encontros para o acompanhamento das imunizações no país.
Segundo a FNP, na ocasião, ficou acordado reuniões a cada 10 dias entre o ministro e a comissão de prefeitos, mas, “passados mais de 30 dias, nenhum agendamento foi feito”.
“Os sucessivos equívocos do governo federal na coordenação do enfrentamento à Covid-19, e também na condução do Plano Nacional de Imunizações, estão diretamente ligados à escassez e à falta de doses de vacinas em cidades de todo o país. Que o Brasil não soube lidar com a pandemia, não restam dúvidas, mas, prefeitas e prefeitos, que sempre solicitaram e incentivaram a organização nacional, agora exigem respostas”, diz.
O Fórum de Governadores do Brasil tem reunião agendada com Pazuello nesta quarta-feira (17/2) para tratar do cronograma de vacinação. O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador do grupo, disse que a aquisição de novos imunizantes e pagamento das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) também serão discutidos.
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