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AÇÕES DO BB ESTÃO EM ALTA E ANALISTAS DIVERGEM SOBRE COMPRA

Redação - 16/02/2021 07:28

Os resultados do quarto trimestre do Banco do Brasil dividiram especialista sobre a decisão de compra de ações do banco. O banco obteve lucro líquido ajustado de R$ 3,695 bilhões no período, uma queda de 20,1% com relação ao mesmo período de 2019. No acumulado do ano, o índice foi de R$ 13,884 bilhões, 22,2% menor que o anterior. Seis relatórios sobre o balanço da instituição e suas perspectivas trazem uma faixa de valorização potencial entre 30,4% e 65,9% para as ações em 2021. A média das projeções ficou em 40%. Justiça seja feita, quatro dos seis relatórios recomendam a compra dos papéis. Apenas dois reforçaram a indicação neutra.

O Banco Safra é o mais otimista. Além de reiterar a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado), é o que possui o maior preço-alvo para o Banco do Brasil: R$ 56 por papel, o que representa um potencial de alta de 66% sobre os R$ 33,75 com que fechou na sexta-feira (12). O Banco do Brasil espera alcançar um lucro líquido ajustado entre R$ 16 bilhões e R$ 19 bilhões neste ano, com um ROAE (Retorno sobre Patrimônio Líquido Médio) de 13,5%. “Considerando isso, vemos o Banco do Brasil negociando a múltiplos muito baixos, de 5,6 vezes o Preço/Lucro projetado para 2021, e de 0,8 vez o Preço/ Valor Patrimonial de 2021”, dizem os analistas.

Entre os céticos estão a Ágora e o BTG Pactual. Ambos aproveitaram a divulgação do balanço trimestral para reafirmar a recomendação neutra para o Banco do Brasil. “O mercado espera que mensagens mais fortes sejam transmitidas, provavelmente apontando para cortes de custos mais agressivos ou pelo menos algumas outras iniciativas que possam desbloquear valor de uma forma mais eficaz (apenas vender subsidiárias não deve ser a solução)”, sublinham os analistas da Ágora ao MoneyTimes.

Para Eduardo Rosman, Thomas Peredo e Ricardo Cavalieri, que assinam o relatório do BTG Pactual, se há alguém capaz de deixar o mercado mais simpático ao banco, é o seu CEO, André Brandão. “Será importante vê-lo reiterando a agenda de eficiência, aliada ao plano de vendas/parcerias de ativos (BV e IPO Elo, o que fazer com a Cielo, venda de participação na BB Asset etc.)”, afirmam.

Foto: Repreodução

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