No último ano, o Banco do Nordeste destinou R$ 755,3 milhões para os agricultores familiares na Bahia via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Agroamigo – programa de microcrédito rural orientado. Com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), o montante aplicado em 2020 representa 15% a mais que os investimentos realizados em 2019.
Um dos clientes que representa os números acima é o produtor Joais Balbino. Morador do Distrito do Perímetro Irrigado da Maniçoba (DIM), na zona rural de Juazeiro, Balbino cultiva manga na região há pelo menos 25 anos. Junto a oito familiares que trabalham no plantio, buscou o apoio do Banco do Nordeste para implantação de um novo sistema de irrigação. “Antes do financiamento, a irrigação era pelo modelo de gravidade, assim como os outros produtores da região. Agora, o novo equipamento permite a irrigação direto na planta, além de reduzir os custos da produção e permitir uma adubação mais localizada”, conta o produtor.
A família de Balbino se enquadra no que se conceitua como agricultura familiar: quando a gestão do negócio ou de pelo menos metade do processo produtivo está nas mãos de integrantes da mesma família. O cenário os permitiu que tivessem acesso a condições específicas de financiamento e taxas de juros a partir de 2,75 % ao ano. Com a pandemia, a produção não parou e foi necessário apoio para manter o capital de giro. “Não paramos um dia sequer, porque se parássemos era pior que a própria pandemia. Se a gente decidisse fazer por conta própria, ia faltar dinheiro para trabalhar [custeio], preferimos buscar o financiamento com o Banco para que a gente pudesse modernizar a plantação”, observa Balbino.
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