O Ministério Público Federal (MPF) está prestes a concluir os preparativos para mais uma fase da Operação Faroeste, prevista para ser deflagrada ainda este mês. De acordo com integrantes da equipe destacada para tocar as investigações sobre a venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ), a Procuradoria-Geral da República (PGR) já remeteu os pedidos relativos à nova etapa do cerco ao relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Og Fernandes.
Ao mesmo tempo, recebeu sinal verde para acelerar os procedimentos necessários ao cumprimento de buscas e apreensões em diversos endereços no estado e eventuais mandados de prisão. Parte dos próximos alvos ainda não é formalmente investigada pela Faroeste, embora esteja entre os nomes citados por delatores e testemunhas ouvidas pelo MPF. A lista, confirmou a Satélite, inclui até quatro desembargadores, que devem ser afastados do cargo pelo STJ por suspeita de envolvimento no esquema.
A delação premiada da desembargadora presa Ilona Márcia Reis é apontada por investigadores do esquema como provável origem da futura etapa da Faroeste. Conforme noticiado na edição de ontem, o acordo entre a magistrada e o MPF foi oficializado recentemente, após Ilona fornecer uma série de detalhes que sabe sobre a participação de membros do TJ, empresários, operadores e advogados na rede de propina e comércio de decisões judiciais.
Coincidência ou efeito direto da próxima etapa da Faroeste , o STJ cancelou as audiências em que seriam ouvidas testemunhas arroladas por outro delator, o advogado Júlio César Cavalcanti, previstas para ontem e anteontem. O cancelamento ocorreu após Cavalcanti solicitar a desistência de todas as testemunhas apresentadas por ele. As informações são da coluna satélite do jornal Correio.
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