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REFINARIA DE MATARIPE TERIA SIDO VENDIDA POR VALOR 34% MAIS BAIXO QUE O PREÇO DE MERCADO: PETROBRAS CONTESTA

Redação - 10/02/2021 08:03 - Atualizado 12/02/2021

A RLAM –  Refinaria Landulpho Alves, a maior empresa da Bahia, responsável por cerca de 30% da produção industrial do estado,  foi vendida ao grupo árabe Mubadala por um valor 34% inferior ao preço estipulado inicialmente e analistas tentam entender os motivos que fizeram a Petrobras aceitar uma oferta menor do que  a prevista. Em contato com o Bahia Econômica Roberto Ardenghy, diretor executivo de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras,  contesta a informação e afirmou que não sabe de onde surgiu essa avaliação de US$ 2,5 bilhões. E diz em nota:

“Como em todos os processos de venda de ativos da Petrobras, a companhia estabelece uma faixa de valor que norteia a transação. Essa faixa de valor considera as características técnicas, de produtividade e do potencial do ativo, assim como os cenários corporativos para planejamento (por exemplo, preço do petróleo e câmbio). Além disso, a Petrobras contrata assessores financeiros independentes (bancos ou instituições financeiras com reconhecida experiência) para avaliar as transações e atestar se o valor de venda é justo do ponto de vista financeiro. Essas avaliações são independentes feitas com a visão da instituição para o ativo.”

A estatal não vendeu a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, pois propostas apresentadas ficaram aquém da avaliação econômico-financeira da Petrobras, que vai realizar um novo processo competitivo, no entanto, aceitou a proposta de 1,65 bilhão de dólares oferecido pelo fundo árabe, 34% menor que o preço previsto para a venda da RLAM de 2,5 bilhões de dólares.

A refinaria de Mataripe detém 14% da capacidade de refino do país e produz vários itens.  Fontes extraoficiais afirmam que o ágio elevado deveu-se a vários fatores, inclusive o momento do mercado, em plena pandemia, a instabilidade da política governamental com acenos do Presidente de que poderia haver intervenção no preço do diesel e o fato da refinaria ser um ativo antigo com mais de 70 anos de produção.

Mas a dúvida permanece, pois a refinaria foi modernizada, produz, entre outros, querosene de aviação, nafta, propeno e é a única refinaria que produz o bunker, óleo combustível para navios com baixo teor de enxofre e cada vez mais procurado pelo mercado. Tudo isso mostraria que a empresa  tem potencial para gerar um fluxo de caixa importante no futuro. O portal está em contato com a diretoria da Petrobras para saber as razões da empresa.

Atualizada em 12/01/2021

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