Nada de bandinhas, aglomerações e balbúrdias durante o período em que seria realizado o carnaval em Salvador. A prefeitura montou um esquema de fiscalização que vai dispersar grupos que insistirem em fazer algazarras na Barra, Porto da Barra e Farol. A ordem é silenciar e trabalhar ou curtir vídeos, quem sabe algumas fotos antigas, outra opção é assistir lives pelas Redes Sociais e de televisões. A fiscalização inicia às 15 horas desta sexta, dia 12 e só encerra às 22 horas da próxima terça, 16. Ambulantes também não poderão atuar na área, ponto tradicional da festa momesca. O trânsito funcionará normalmente. No centro, a fiscalização começa a partir de domingo no Largo da Vitória e Campo Grande.
O circuito Dodô vai ser resguardado e a alegria terá que ser contida para 2022, ” o trânsito funcionará normalmente, a gente viu que essa proposta funcionou bem nas festas como lavagem do Bonfim e Iemanjá. Então será livre no carnaval também. Não vai ter ponto facultativo e nem o feriado da terça-feira 16, estarão todos trabalhando e o trânsito precisa fluir”, diz Maurício Lima, diretor da guarda municipal de Salvador.
Maurício ainda destaca que a Operação será apenas preventiva, “acreditamos que não terá nenhuma manifestação, a operação que iremos realizar será apenas preventiva para que não haja nenhuma atividade sonora e aglomeração. Serão três pontos de observação na Barra: no Barra Center, Farol da Barra e no Porto da Barra. A partir da sexta – feira a operação inicia as 15 horas e permanece até 22 horas de terça-feira. Não será permitido bloquinho, bandinha e atividade sonora em geral. Domingo ampliaremos a operação para o circuito Osmar. Lá teremos dois pontos, um no Largo da Vitória e outro no Campo Grande”.
O diretor da Guarda Municipal, Maurício Lima ainda salienta que toda a população está ciente de que a pandemia do coronavírus continua atingindo e matando pessoas, por isso não acredita que sejam registrados problemas, “se alguém insistir em fazer aglomeração ou som nos bairros e comunidades da capital baiana, a orientação é que seja feita a denúncia. A prefeitura estará atenta no monitoramento. Se houver denúncia vamos dispersar”. A estudante Maria Augusta diz que entende que no momento teve que ser cancelado o carnaval, mas não concorda com a proibição de bandinhas, “são pequenos grupos que podem até levar alegria neste momento tão triste, não tem o som alto dos trios. Se estiverem mascarados, poderiam deixar durante o dia”.
“Eu adoro carnaval e concordo com as medidas adotadas, porém também acredito que com máscaras, um grupo de 15 pessoas poderia levar alegria pelas ruas com instrumentos de percussão. Não vou ter aula durante o período, então vou me isolar em alguma praia. Momento triste”, diz a estudante Bruna Lima.
Foto: Romildo de Jesus