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FRANCO DESCARTA CARNAVAL SEM VACINA E DIZ QUE RECUPERAÇÃO DO TURISMO SÓ EM 2023

Redação - 09/02/2021 13:00 - Atualizado 09/02/2021

Em entrevista ao Jornal Tribuna da Bahia, o secretário estadual de Turismo (Setur), Fausto Franco, acredita que a recuperação do turismo no estado só acontecerá a partir de 2023. Embora aposte que 2021 será melhor do que ano anterior, o titular da Setur avalia que o cenário ainda será muito difícil por causa da pandemia da Covid-19. “Esse ano será de muitas barreiras para serem vencidas. Em 2022, vamos respirar melhor para, em 2023, ter um fluxo retomado”, ressaltou, em entrevista à Tribuna. Franco disse ainda que, só com o cancelamento do Carnaval, a estimativa é que a Bahia perca mais de R$ 1 bilhão neste ano.

“No caso da Bahia, que tem um carnaval, um réveillon, festas de aglomeração, as nossas perdas são muito maiores do que os estados que não têm essa característica”, frisou. Ainda na entrevista, o secretário fala sobre as ações da pasta para minimizar o efeito da pandemia, e critica a postura do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no enfrentamento à doença. Fausto falou ainda sobre a importância da reativação de 16 sinos da Basílica Santuário Nossa Senhora Conceição da Praia, no bairro do Comércio, em Salvador, que voltaram a ecoar depois de 30 anos, com a ajuda de um sistema totalmente automatizado.

Sobre o carnaval o secretário explica que não haverá festa sem vacina. “A gente não vai ter festa de aglomeração no formato que nós conhecemos sem antes a grande maioria da população estar vacinada. E, pelo ritmo das coisas, pelo negacionismo do governo federal, a gente ainda está muito aquém do que precisa. É muito improvável a gente ter festa de aglomeração no formato que a gente conhece em 2021”.

Fazendo uma avaliação sobre o impacto da covid no setor ele explica que,  “o turismo junto com o entretenimento foi o setor mais atingido e o que mais vai demorar a voltar na sua plenitude. E ninguém estava preparado no mundo para uma pandemia dessa proporção e dessa longevidade, que está se apresentando. Então, evidentemente, o impacto foi muito grande. A gente teve, no primeiro momento, os fechamentos restaurantes, pousadas e hotéis, que fecharam por não ter volume de pessoas. Para ter uma ideia, em Salvador, no final de março a abril, ficou com quatro voos diretos diários. Cerca de 95% a menos da capacidade de fluxo de voos. Foi uma parada brutal de toda a cadeia produtiva. Lá para junho, julho, a gente começou a ter uma reabertura ainda tímida e, a partir do feriado de 7 de Setembro, começamos a ter um leve retorno.

Foto: divulgação

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