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VOLTA ÀS AULAS NA REDE MUNICIPAL SERÁ NO DIA 18 DE MANEIRA REMOTA, REVELA SECRETÁRIO

Redação - 04/02/2021 06:53

As aulas da rede municipal de Salvador serão retomadas no dia 18 de fevereiro, afirmou o secretário de educação da capital, Marcelo Oliveira. Para compensar os dias perdidos em 2020, os alunos terão atividades de segunda à sábado. Inicialmente, a modalidade de ensino será a remota, pela televisão. A fim de atender todos os 163 mil estudantes da rede, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) ampliará para quatro ou cinco canais de TV. Atualmente, somente os alunos do 6º ao 9º ano têm acesso às aulas pela TV aberta, no canal 4.2. Ainda não há previsão para o retorno presencial das aulas. Quando houver a reabertura das escolas, inicialmente o ensino será híbrido.

Antes do dia 18, os professores e colaboradores da comunidade estudantil se reunirão no dia 15 de fevereiro para uma jornada pedagógica, que funciona como espécie de boas-vindas. Durante esses três dias, também será apresentado a todos o planejamento pedagógico para 2021. O plano de retorno das atividades, no entanto, já foi estabelecido e foi obtido com exclusividade pelo CORREIO. Serão 17 horas de ensino remoto e 25 horas de ensino presencial por semana, quando for possível, totalizando 42 horas semanais de ensino. Ao todo, serão 1492 horas cursadas em 2021. As tarefas de casa serão contabilizadas como carga horária e também servirão para controlar a presença dos estudantes.

As classes ainda cumprirão o calendário letivo de 2020, pois só foram cursadas 108 das 800 horas obrigatórias pelo Ministério da Educação. Uma vez que o calendário escolar depende do retorno das aulas presenciais para ser finalizado, não se sabe exatamente quando será o término das aulas de 2020. “Vamos recuperar as aulas que não foram dadas em 2020, porque os alunos precisam ter esses conteúdos, e, na sequência, a gente vai aplicar os conteúdos de 2021, de modo que a gente possa fazer dois anos em um só. A grande preocupação é não invadir o ano de 2022 com o conteúdo de 2021, se não, vira uma bola de neve”, explica o secretário Marcelo Oliveira.

Por ainda estar cumprindo a carga horária do ano passado, não será necessária a matrícula e novos alunos não serão admitidos, somente quando for iniciado o ano letivo de 2021. “Para que abra vaga na creche, é preciso que o aluno da creche passe para a educação infantil, e, para abrir vaga na educação infantil, é preciso que o aluno da educação infantil passe para o ensino fundamental. Por isso que só vamos abrir matrícula quando concluir o ano letivo de 2020”, ressalta Oliveira.

A previsão do secretário é de que o ano letivo de 2021 comece em maio ou pelo menos 90 dias após o início das aulas presenciais. Um acordo foi feito com o governo do estado para que as aulas tanto da rede municipal quanto estadual finalizem no mesmo período, para que não haja problema na transferência de alunos: “Nossa intenção é que devemos concluir o ano de 2020 simultaneamente, se não nosso aluno fica sem aula ou então atrasado. Então tem que estar sincronizado”.

Procurado através da secretaria estadual de educação, o governo estadual não respondeu à reportagem sobre o início das aulas. Segundo a Smed, aproximadamente 58% dos estudantes concluintes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (5º ano) ou da EJA I (TAP III) procuram outra rede de ensino para cursar os Anos Finais do Ensino Fundamental. Isso representa cerca de 20 mil estudantes que migram da Rede Municipal de Ensino para outras redes, como a estadual.

A escolha das aulas pela TV foi feita por ela ser o meio de comunicação “mais democrático”. “Vamos começar dia 18 de fevereiro remotamente com auxílio da televisão, que é o meio de comunicação mais democrático de acesso para crianças em casa, uma vez que ela não precisa de auxílio dos pais e de nenhum outro dispositivo móvel”, argumenta o secretário. As aulas serão gravadas e dadas pelos próprios professores da rede, que somam 8 mil pessoas. Elas também ficarão disponíveis no Youtube. Os profissionais que são grupo de risco para a covid-19 e apresentam comorbidades, que são cerca de 10% do quadro, ou seja, 800 educadores, não darão aulas nas unidades de ensino quando for liberado, somente virtuais.

Foto: divulgação

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